Investir em COE vale a pena? Confira riscos e saiba como funciona

A opção junta o rendimento da renda variável a e proteção da renda fixa.

Mas existem pontos importantes a serem avaliados, como a liquidez e o risco de perda de oportunidade.

Você já ouviu falar em Certificado de Operação Estruturada ou simplesmente COE? O termo pode não ser tão comum, mas o fato é que as suas emissões crescem a olhos vistos, mesmo sem os investidores entenderem exatamente como funciona. Mas será que vale a pena investir em COE?

Primeiramente, vamos explicar do que se trata o COE, cuja criação se deu em 2013 e as emissões em 2015, após regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). 

Trata-se de uma opção de investimento que junta o rendimento da renda variável e a proteção da renda fixa. Para investir em COE você deve considerar que ele está atrelado a oscilações de determinados ativos durante um prazo determinado. Dependendo do que acontece com esses ativos, você pode ganhar ou perder dinheiro. 

 

Dá para diversificar com COE?

 

No Brasil, a grande maioria dos COEs são de capital protegido. O que isso significa? Você não perde o dinheiro investido, mas não recebe o devido lucro no caso dos ativos atrelados não oscilarem da forma que você acreditou ao adquirir o COE. 

Vamos a um exemplo prático para quem quer investir em COE com capital protegido. Suponha que você investiu em um COE de 9 meses lastreado em um determinado grupo de ações. Se esse grupo de ações registrar crescimento durante esse período você terá uma recompensa por isso. Mas e se houver queda? Neste caso, você recebe de volta o que investiu com um acréscimo relacionado aos juros no período. 

Ou seja, você não ganha o rendimento que teria se  o grupo de ações tivesse registrado alta, mas também não perde o que investiu, já não estará investindo diretamente nas ações, mas num COE atrelado a elas. 

Investir em coe
Imagem: reprodução / unsplash

Investir em COE para diversificar ou é risco?

 

Quem decide investir em COE usa a alternativa para diversificar com menos risco, já que ele pode estar atrelado aos mais diversos ativos, como moedas, juros ou ações. A aplicação inicial costuma ser baixa, variando de acordo com o banco emissor; e o rendimento pode ser bem atrativo no caso dos ativos relacionados conseguirem alcançar o que foi determinado inicialmente. 

Com a taxa de juros básica da economia, a Selic, em seu menor patamar histórico (apenas 2%), investir em COE acabou se tornando uma opção para os conservadores também por conta do fato de não haver perda do capital. 

É preciso, porém, atenção com outros pontos. Para começar, uma pesquisa da FGV com divulgação neste ano indicou que 252 de 284 COEs estudados renderiam pouco ou nem renderiam. Além disso, apenas 32 COEs deste total ofereciam retorno maior que o o do Tesouro Prefixado à disposição no momento da emissão destes COEs. 

Com relação à liquidez, saiba que não dá para resgatar um COE antes do vencimento. Existem COEs que vencem a partir de 90 dias por exemplo, mas outros que vencem em alguns anos. Também não dá para fazer aportes no meio do caminho.

Finalmente, outro ponto importante a se considerar é o risco da instituição emissora do certificado. Como o COE não possui proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é essencial avaliar o rating do banco emissor para evitar riscos desnecessários.

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