IGP-DI desacelera alta em março e sobe 2,17%, diz FGV
Com o resultado, inflação medida pelo índice acumula agora alta de 7,99% em 2021 e de 30,63% em 12 meses.
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,17% em março, porcentual inferior aos 2,71% de alta registrados em fevereiro, informou, nesta quarta-feira, 7, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado de março, o índice acumula agora alta de 7,99% em 2021 e de 30,63% em 12 meses. Apesar da desaceleração, o resultado ainda está acima do verificado em março do ano passado, quando fechou com alta de 1,64%.
A inflação ao consumidor, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos três que compõem o IGP-DI, foi a única, segundo a FGV, que mostrou avanço na alta em março, puxada especialmente pelo aumento de 11,50% no custo da gasolina, de 17,33% no preço do etanol, da alta de 1,02% da tarifa de energia e 4,04% no preço do gás de cozinha. Juntos, esses itens responderam por 77% da taxa maior do IPC. Em março, o IPC subiu 1,00%, ante alta de 0,54% em fevereiro.
Das oito classes de despesa que formam o IPC, cinco variaram para cima. Os Transportes subiram de 2,29% em fevereiro para 3,89% em março; Habitação, de 0,08% em fevereiro para 0,75% em março; Saúde e Cuidados Especiais, de 0,29% para 0,57%; Vestuário, de 0,03% para 0,11%. Já o item Comunicação, que registrara queda de 0,07% em fevereiro, agora subiu 0,01%.
Em queda – IGP-DI
Dentro da inflação ao consumidor, apresentaram recuo os grupos Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa passou de um avanço de 0,12% em fevereiro para queda de 0,37%, em março; Alimentação, alta de 0,09% em fevereiro para 0,03%, em março; e Despesas Diversas, de 0,24% para 0,22% entre os dois meses. Essas despesas tiveram resultado menor devido à queda de preços nos cursos formais (0,63% para 0,00%), hortaliças e legumes (-2,43% para -4,95%) e alimentos para animais domésticos (1,57% para 0,64%).
Índice ao Produtor
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou alta em março, de 2,59%, porém inferior à verificada em fevereiro, quando subiu 3,40%. O grupo Bens Finais avançou 2,30% em março ante 1,80% no mês anterior, devido especialmente ao avanço do subgrupo Alimentos Processados, que teve alta de 1,29% em março, ante 0,02% em fevereiro.
O grupo Bens Intermediários registrou alta menor em março: fechou o mês em 4,04% ante 6,60% em fevereiro. Aqui, pesou especialmente na desaceleração a alta menos intensa do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que fechou março com avanço de 2,44% ante 5,51% do mês anterior.
Construção – IGP-DI
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também apresentou alta menor em março, com 1,30%, ante 1,89% de fevereiro. Materiais e Equipamentos, que subiram 4,38% em fevereiro, agora fecharam em alta de 2,84%; Serviços subiram 0,74% em março e 1,00% no mês anterior e Mão de Obra avançou 0,16% em março e 0,12%, em fevereiro.
Difusão
A pesquisa da FGV mostra que o número de itens contaminados com mais força pela inflação avançou em relação a fevereiro. O índice de difusão ficou em 65,16% no mês passado, que representa 3,87 pontos porcentuais acima do verificado em fevereiro, de 61,29%.