Reforma Agrária: Governo vai liberar R$ 400 milhões para projeto
BRASÍLIA – O governo vai liberar um crédito emergencial de R$ 400 milhões para a reforma agrária. O dinheiro será repassado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para obtenção de terras, disse nesta sexta-feira (26) Valdir Misnerovicz, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
BRASÍLIA – O governo vai liberar um crédito emergencial de R$ 400 milhões para a reforma agrária. O dinheiro será repassado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para obtenção de terras, disse nesta sexta-feira (26) Valdir Misnerovicz, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
A liberação é resultado de uma negociação entre o governo e os movimentos sociais ligados à terra, que estiveram em Brasília esta semana para uma série de mobilizações que fazem parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária.
De acordo com o MST, o orçamento do Incra para desapropriações este ano está esgotado. Com o crédito suplementar, a entidade estima que será possível assentar cerca de um terço das 60 mil famílias acampadas atualmente. Os recursos serão usados para assentar famílias acampadas em diversos estados.
#201cEsta semana foi fundamental na luta dos trabalhadores camponeses. O governo recolocou a reforma agrária no núcleo central da política. A reforma agrária passou a ser um tema da agenda da presidente Dilma Rousseff#201d, disse Misnerovicz.
Em relação ao refinanciamento da dívida da agricultura familiar, segundo Plínio Simas, representante da Via Campesina, o governo ofereceu créditos até 20 mil por família para refinanciamento e novos investimentos com juros de 2% ao ano e prazo de sete ano para quitação da dívida. No entanto, de acordo com ele, os movimentos sociais querem a garantia de um bônus para os pagamentos em dia. #201cNão fechamos o acordo. Queremos que haja um bônus de adimplência para os agricultores, se não a dívida será apenas arrastada#201d, declarou.