Entregador é alvo de racismo por moradora de condomínio de luxo: ‘macaco’

Crime de racismo foi denunciado em Goiânia; aplicativo de alimentação baniu autora das mensagens e caso deve seguir na polícia

Mais um caso de racismo é notícia na mídia, dessa vez em Goiânia (GO). O dono de uma hamburgueria se indignou com o teor das mensagens enviadas por uma cliente quando o entregador chegou ao local. Segundo a denúncia, a moradora de um condomínio de luxo da capital goia se negou a permitir que o entregador entrasse no local por ser negro.

Racismo: mensagens ofensivas

Indignada, passou a disparar mensagens pelo aplicativo de alimentação ao restaurante. Ela escreveu que deveriam mandar um motoboy que fosse branco: “Eu não vou permitir esse macaco”, disse a mulher. O comerciante não quis deixar o caso passar e disse que vai registrar o caso de racismo na Polícia Civil nesta terça-feira. A situação aconteceu na noite de domingo, dia 25 de outubro.

A gerente do estabelecimento entrou em contato com a cliente, por meio de mensagem no aplicativo, para pegar detalhes do endereço, que não estava completo. E, justamente ao pedir que autorizasse a entrada do entregador, a acusada se recusa e passa a distribuir palavras que caracterizam o crime de racismo. “Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Mandar outro motoboy que seja branco”, escreveu a cliente.

O estabelecimento negou o pedido de trocar o entregador. Então, a moradora o chama de macaco.

Com o impasse, a funcionária da hamburgueria diz que não é tolerado racismo no estabelecimento e que o pedido não seria entregue. A mulher ainda concluiu dizendo: “Adeus. Não uso restaurante judaico”.

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O entregador, Elson Oliveira, de 39 anos, diz trabalhar com entregas há 12 anos e ter vivido pela primeira vez uma situação de racismo.

Em vídeo publicado hoje, o entregador agradece as manifestações de carinho recebidas após a agressão.

O aplicativo iFood informou que a agressora foi identificada e banida da plataforma. “A empresa presta solidariedade ao entregador e está em contato para oferecer apoio psicológico”, diz a nota.

A empresa digital informou ainda que repudia qualquer ato de discriminação racial e orientou o dono da hamburgueria a registrar um boletim de ocorrência.

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