Empresa desenvolve franquia com base em jogos reais
Em plena era digital, uma empresa investe em um jogo que vai na contramão do mundo conectado. O negócio consiste em ambientes temáticos.
Rio de Janeiro – Em plena era digital, uma empresa investe em um jogo que vai na contramão do mundo conectado. Através de franquias, o negócio consiste em ambientes temáticos para grupos atuarem como em games de enigmas e estratégias. Este é o conceito do escape game, atividade que nasceu no Japão, em 2007, para tentar ser a reprodução real dos famosos jogos de console.
No Brasil, a Puzzle Room é uma das empresas que atua nesse nicho com modelos de franchising e planos de expansão que incluem o Rio. Atualmente, são três unidades em funcionamento: São Paulo, Santo André (ABC Paulista) e Curitiba. Para a cidade do Rio, já há negociações adiantadas com dois empresários.
Sala temática de jogos
O negócio consiste em imóveis com quatro a cinco ambientes. Cada espaço tem uma decoração temática onde grupos têm até 60 minutos para decifrar enigmas e escapar da sala. Além dos roteiros e do briefing inicial, sensores, reações químicas, efeitos luminosos dão o tom do jogo. “Trata-se de uma sala tematizada com uma cenografia real onde as pessoas se organizam em grupos e vão jogar. E a gente coloca uma pitada de tecnologia nos jogos para elevar a experiência”, explica o CEO e game designer da Puzzle Room, Rodrigo Matrone.
O investimento inicial é de R$ 120 mil. O ideal é que o franqueado tenha um imóvel de 140 m², com três a cinco ambientes. A empresa diz que não cobra royalties ou taxa de franquia, mas há uma mensalidade que não incide sobre o faturamento e que gira em torno de R$ 4.500 – inclui pacote de serviços, suporte, estrutura digital, trabalho nas redes sociais e uso da marca, entre outros. “A gente optou por esse formato porque sabe que essas despesas sacrificam a franquia. O franqueado tem independência para manejar a parte financeira e não toca no faturamento do negócio”, enaltece Matrone. Segundo o executivo, o faturamento mensal previsto fica em torno de R$ 45 mil, mas pode variar pelo número de salas e a localização, devido ao custo fixo operacional – geralmente pressionado pelo valor do aluguel do imóvel.
Além disso, ele diz que o ideal é que a unidade tenha, no mínimo, três espaços para manter a rotatividade dos clientes, que estão sempre em busca de experiências diferentes. Mas garante que é possível desenvolver o modelo de negócio de forma escalonada. No início, o empreendimento pode ter apenas duas salas e dois funcionários. Aos poucos, consolida o terceiro e o quarto ambientes. Mesmo com a estrutura maior, Matrone assegura que é possível operar com três funcionários, trabalhando também com folguistas e temporários. “O formato é bem justo para não haver desperdício de mão de obra”, diz. Além do suporte e treinamento, a Puzzle cria os ambientes temáticos. Há roteiros de pegada macabra, de aventura ou suspense. Entre os diversos ambientes, um que reproduz o antigo presídio do Carandiru e outro de ponta-cabeça. Já os tipos de escape vão de “Drácula” e “Roubo a Banco” até “Agente Secreto”.” O grande apelo dessa atividade é ter opções de jogos com níveis de dificuldade para estimular o jogador a ir para outra sala e voltar para ter outra experiência. Tem níveis de dificuldade”, explica Matrone.