Eleições 2020: candidato do Novo em SP, Filipe Sabará é expulso
Há semanas divergências entre Filipe Sabará e a cúpula do Novo vêm ocorrendo; situação muda rumo do partido na disputa
Em informe oficial divulgado nesta quarta-feira, dia 21, a comissão de ética do partido Novo informou a expulsão do candidato da legenda à Prefeitura de São Paulo nas Eleições 2020, Filipe Sabará.
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Motivo da expulsão
O partido disse que a expulsão foi por unanimidade devido ao fato de Filipe Sabará apresentar “inconsistências em seu currículo”. O Diretório Nacional do Novo enviou tal comunicado aos filiados da capital paulista na tarde desta quarta-feira.
Sabará foi denunciado à comissão de ética do Novo pelo deputado estadual Daniel José, líder da bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O parlamentar questiona uma graduação em relações internacionais na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) que Sabará anunciou que fez. A própria instituição nega.
O candidato à Prefeitura de São Paulo pelas eleições 2020 também contaria como curso superior um curso de dois anos, segundo o acusador, ainda não confirmado, como tecnólogo em Marketing.
Outro ponto que depõe conta Sabará dentro da legenda foi o fato de ter dito em uma entrevista de rádio que Paulo Maluf foi o melhor prefeito de São Paulo.
Há até mesmo conversas em um grupo de Whatsapp, criado por integrantes do partido, onde o assunto era o candidato e críticas a ele e como elogiava as ações do presidente Jair Bolsonaro.
A carta, enviada hoje aos filiados, é clara: “Filipe Sabará está oficialmente expulso e não pertence mais ao quadro de filiados do Novo”.
Ainda de acordo com o partido, Sabará tem 10 dias para apresentar recurso ao Diretório Nacional. Mesmo assim, enquanto o recurso é analisado, não acontece a suspensão da decisão.
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Críticas durante as eleições 2020
Também nesta quarta-feira, Filipe Sabará participou de sabatina das eleições 2020 do Estadão. A atividade aconteceu antes da decisão do Diretório Nacional. No encontro, criticou duramente o partido e o acusou de não repassar R$ 600 mil em doações à sua campanha.
Um dos apontamentos mais agudos foi contra o ex-candidato a presidente do Novo, em 2018, João Amoêdo. Sabará disse que quem não concorda com ele “sofre perseguições”.