Desemprego no País atinge 14,7 milhões no 1º trimestre de 2021
Resultado é recorde da série histórica do IBGE e representa crescimento de 15,2% sobre igual período de 2020
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,7% no primeiro trimestre de 2021, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Já no primeiro trimestre de 2020, a taxa foi de 12,2%.
Quando comparado ao primeiro trimestre de 2020, o resultado de igual trimestre deste ano representa um crescimento de 15,2% no número de desempregados, ou o equivalente, segundo o IBGE, a 1,956 milhão de pessoas a mais entre os dois períodos. O crescimento do número de brasileiros sem emprego foi detectado em 27 estados. A Bahia e Pernambuco são os estados com a maior taxa de desemprego, de 21,3%. Santa Catarina foi o estado com a menor taxa de desempregados, com 6,2%.
A população ocupada somou 85,7 milhões de pessoas, resultado praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas com recuo de 7,1% se confrontado com o primeiro trimestre de 2020, quando 6,6 milhões de brasileiros estavam incluídos entre os ocupados.
Desemprego entre os desalentados e subutilizados
O número de brasileiros que desistiram de procurar emprego, a chamada população desalentada, ficou em 6 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2021. O número também é recorde dentro da série histórica do IBGE. Em relação ao primeiro trimestre de 2020 houve crescimento de 25,2% no total de desalentados no país.
No primeiro trimestre deste ano, 33,2 milhões de brasileiros estavam subutilizados no mercado de trabalho. Isso representa, segundo o IBGE, mais 1,2 milhão de pessoas que entraram para esse grupo em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em janeiro de 2021. Outros 5,6 milhões de brasileiros passaram a fazer parte dessa classificação de subutilizados entre o primeiro trimestre de 2020 e os três primeiros meses de 2021. O estado do Piauí se destaca com a maior taxa de subutilização, igual a 48,7% e Santa Catarina tem a menor, de 11,9%.
Outro número recorde no primeiro trimestre do ano é o de brasileiros desalentados, que representam 25,1% mais em relação a igual período de 2020. São aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego. E novamente o estado da Bahia aparece na frente com o maior número, de 785 mil , que representam 13,2% do contingente nacional.