CPMI Cachoeira: quebra de sigilo de governadores é aprovada
BRASÍLIA – Votação oficializou a decisão de Agnelo de abrir mão de seus sigilos, ao depor ontem na CPMI, e de Perillo, que decidiu fazer o mesmo
BRASÍLIA – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovou por unanimidade a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de mensagens eletrônicas dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Com isso, os integrantes da CPMI terão acesso aos dados dos dois governadores referentes aos últimos 10 anos.
A votação oficializou a decisão de Agnelo de abrir mão de seus sigilos, ao depor ontem na CPMI, e de Perillo, que decidiu fazer o mesmo.
Além disso, a comissão vai apreciar nesta quinta-feira (14) outros requerimentos estão na pauta da reunião administrativa da CPMI Cachoeira.
Entre os pedidos estão os que pedem a convocação do ex-presidente da empresa Delta Construções Fernando Cavendish e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot.
A sessão para ouvir o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durou duas horas e meia, tempo em que o empresário permaneceu praticamente calado. Diante do silêncio de Cachoeira, personagem central de investigação realizada pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo sobre esquema de jogos ilegais em Goiás, o constrangimento dos integrantes da comissão era evidente.
Os parlamentares aprovaram, então, requerimento da senadora Kátia Abreu (PSD-TO) para que a sessão fosse suspensa.
Ao atender nesta terça-feira (22) à convocação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Carlinhos Cachoeira, o empresário decidiu não responder às perguntas dos integrantes da comissão orientado por seus advogados. Ele alegou que estava respondendo a uma investigação na Justiça e, por isso, se reservava ao direito de ficar calado.
“Estou aqui como manda a lei para responder o que for necessário. Constitucionalmente, fui advertido por meus advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui. Somente depois da audiência que eu terei com o juiz, se eu, porventura, achar que eu devo contribuir, eu virei aqui para falar”, disse Carlinhos Cachoeira.