CoronaVac tem estudo suspenso pela Anvisa após evento adverso grave
Segundo a Anvisa, CoronaVac promoveu um evento adverso grave, mas não entrou em detalhes do que teria sido. Nas redes sociais, presidente Bolsonaro comemorou a decisão e disse que ganhou mais uma de João Doria.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – suspendeu na noite desta segunda-feira (9) os estudos clínicos da vacina CoronaVac – idealizada pela farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantã. A determinação veio através de um “evento adverso grave”, mas o órgão não entrou em detalhes sobre o que seria. A vacina estava prevista para chegar ao Brasil dia 20 de novembro.
Evento adverso causou suspensão da CoronaVac
Em resposta, tanto a Sinovac, quanto o Instituto Butantã afirmam surpresa na decisão e que seguem confiantes na segurança da vacina contra a covid-19. Segundo informações, um voluntário teria falecido, mas o diretor do Butantã, imas Covas, afirmou que se trata de um óbito sem qualquer ligação com os testes da CoronaVac. A empresa afirmou ainda que o estudo clínico em fase 3 no Brasil “é realizado estritamente de acordo com os requisitos do GCP” (Good Clinical Practice, ou “boas práticas clínicas” ). Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado.
Suspensão é prática comum
A CoronaVac é um dos imunizantes cotados para vencer a transmissão pelo coronavírus. Encabeçada tanto pelo Instituto Butantã, quanto pela Sinovac, os estudos da “vacina chinesa” é apoiado pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria. A suspensão dos testes é uma prática comum quando os estudos precisam de mais esclarecimentos – como é o caso da Vacina de Oxford, que passou por algo similar e já tiveram seus estudos retomados.
“Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, diz o presidente no Facebook
Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro “comemorou” a decisão da Anvisa de suspender os estudos clínicos da CoronaVac. A vacina, que possui o apoio de João Doria, foi motivo de uma guerra política entre os dois governantes – já que Bolsonaro apoia os estudos de outro imunizante, feito pela Universidade de Oxford. Bolsonaro respondeu a um seguidor que perguntou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina: “Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, disse.