Como investir em ações? Passo a passo para iniciantes
Você pode comprar ações individuais ou fundos mútuos de ações por conta própria ou obter ajuda para investir usando um consultor-robô.
Para começar a investir em ações é preciso entender alguns tópicos do setor financeiro, definir o perfil de investidor e se manter atualizado. Mesmo com pouco dinheiro, é possível comprar ativos na bolsa de valores. Ademais, através de uma estratégia bem definida e estudo prévio, as chances de lucro aumentam. Saiba como investir em ações em um guia para iniciantes a seguir:
Como investir em ações?
Ações equivalem as partes do capital social de uma empresa. Ao comprar um papel (ação) o investidor se torna “dono” de uma fração da companhia. Desse modo, se beneficia da valorização do negócio e sofre os impactos negativos de sua desvalorização. O mesmo movimento acontece com os outros acionistas minoritários, denominação dada a quem compra uma ou mais ações. De modo geral, o processo de compra e venda de ações é descomplicado.
Nesse sentido, a bolsa de valores é um mercado de negociação de ações e outros valores mobiliários. São mais de 2,8 milhões de pessoas físicas cadastradas B3, bolsa de valores brasileira.
Para investir em ações é necessário ter conta em corretora de valores, transferir o dinheiro para ela e acessar o home broker. Trata-se de uma plataforma digital que permite compra e venda de ações, em interligação ao ambiente da bolsa. Nesse sistema, aparecem os preços dos papéis, e caso tenha interesse, o investidor sinaliza ordem de compra. Feito isso, em até dois dias úteis o dinheiro sai de sua conta.
Educação financeira
Para saber como investir em ações, é preciso compreender o funcionamento do mercado financeiro. É o que afirma a assessora de investimentos Rozana Ventura, “o primeiro passo é estudar e buscar boas fontes”. Desse modo, recomenda-se optar por conteúdos de investidores já consolidados no mercado, além de teóricos e conceitos matemáticos.
Ventura diz que tem visto muitas pessoas aplicarem na bolsa sem entendimento. Por exemplo, ao assistir vídeos de influenciadores e comprar as ações indicadas, sem conhecimento prévio da empresa em questão e do seu setor. “Isso é um erro muito grande, assim como em outras searas da nossa vida, no mercado financeiro não dá pra buscar atalhos” afirma.
Fundos de investimento em ações
Para os iniciantes nesse tipo de aplicação, uma boa dica é começar por fundos de investimento em ações. Os fundos são controlados por um gestor e reúnem capital de várias pessoas, as quais recebem os rendimentos proporcionalmente ao valor destinado. Assim, os fundos de ações devem ter pelo menos dois terços do capital aplicado no mercado acionário.
Dessa maneira, o investidor terá a chance de entender as variações do mercado, oscilação de preços e outros conceitos do setor, enquanto um especialista faz as escolhas. Além de avaliar se está preparado emocionalmente para seguir com esse tipo aplicação. Nota-se que ao final do mês os gestores enviam comunicado aos investidores explicando o porquê das decisões tomadas.
Investir em ações com pouco dinheiro
Segundo Ventura, não há valor mínimo estabelecido para investir em ações. No mercado fracionário, é possível encontrar ações de R$ 5, R$ 10 e R$ 15, por exemplo. Todavia, é necessário considerar a taxa de corretagem, valor cobrado pela corretora a cada compra e venda de papéis. Se esse valor for próximo ao do ativo, pode não compensar a compra. Nota-se que algumas corretoras não cobram essa taxa.
Perfil de investidor
Outro quesito importante que irá guiar a escolha dos papéis é o perfil de investidor. Nas aplicações em geral são nomeados três tipos de investidores: conservador, moderado e arrojado. No ambiente das bolsa de valores, o comportamento de cada um se distingue.
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Conservador
Alguém de perfil conservador optará por comprar ativos em empresas grandes e estabilizadas, as quais costumam pagar bons dividendos. Parte do lucro de uma organização pode ser distribuído entre seus acionistas, o que fica denominado como dividendos. Além disso, conservadores tem o objetivo de manter aplicações por bastante tempo.
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Moderado
O investidor moderado destina uma parte de seu capital para instituições consolidadas, porém também aposta em empresas em crescimento. As quais não oferecem necessariamente dividendos, mas podem apresentar boa valorização por estarem em ascensão.
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Arrojado
Os arrojados destinam a maior parte do patrimônio para empresas em crescimento. Ademais, fazem mais operações por terem uma visão de curto prazo, e objetivo de obtenção de lucro rápido.
Revisão da carteira de investimentos
Para montar a carteira de investimentos é essencial pesquisar sobre a empresa em que se pretende comprar papéis, bem como sobre seu setor. Ademais, como se trata de um mercado globalizado, é razoável acompanhar o noticiário e analisar se há fatores que vão impactar nas aplicações.
Todavia, a assessora de investimentos alerta que não é necessário modificar a carteira a cada mudança que ocorre mercado. Com a educação financeira, será possível ter confiança de não vender determinadas ações quando estiverem desvalorizadas, por entender que elas tem chances de valer mais no futuro, por exemplo.
Ainda assim, é recomendado reavaliar os ativos com alguma frequência, entendendo as mudanças no cenário econômico.
Diversificação
Por fim, deve-se buscar a diversificação ao comprar ativos. Investindo em empresas e setores distintos. Isso é válido, porque se o investidor tem essa variedade e algum segmento é atingido por uma crise, os papéis dessa área sofrerão desvalorização, enquanto os outros podem ficar isentos.