Com a bolsa em alta, o que se deve saber para aplicar em ações
É prudente, dizem analistas, distribuir os recursos de forma equilibrada entre aplicações conservadores e as de maior risco
O otimismo voltou à bolsa de valores, alimentado principalmente pela expectativa positiva com a economia, com o Índice Bovespa (Ibovespa) batendo recorde atrás de recorde em número de pontos. Mas o investidor deve ter cautela para aplicar em ações.
O Ibovespa é um índice de referência que mede a variação média de uma carteira de ações e é usado como medida de desempenho diário da bolsa de valores. Em maio, o índice teve alta de 6,16%, considerado o rendimento da bolsa no mês, mas ele não reflete o intenso sobe e desce de cada papel. Existem ações que se valorizaram mais que o índice, outras, menos e há ainda aquelas que se desvalorizaram.
A variação do Ibovespa é apenas uma referência e o bom desempenho em um mês não significa que foi fácil ganhar dinheiro com aplicação em bolsa. Em qualquer cenário, até no mais otimista, a compra de ações não deixa de ser um investimento de risco. É preciso avaliar se vale a pena correr o risco e também, em função disso, não destinar todo o dinheiro à bolsa.
É claro que ler ou ouvir que a bolsa rendeu 6,16% em maio, enquanto um dinheiro aplicado na renda fixa remunerou com 3,75% ao ano, não deixa de ser tentador. Mas é preciso calma e prudência.
Prazos mais longos para aplicar em ações
O investimento em ações combina com uma política de diversificação de carteira entre a renda fixa e a renda variável. O investidor deve separar e aplicar os recursos da reserva emergencial em renda fixa e os que compõem o patrimônio propriamente, que procura crescimento com rentabilidade, em bolsa de valores.
Mas apenas isso não basta. É preciso ter sangue-frio para assistir aos solavancos do mercado sem vender as ações em momentos de queda. Se resistir à venda evitará perdas. Mais que isso, terá chances de compensar baixas com a retomada de valorização.
As ações que os especialistas estão indicando no momento são as de empresas ligadas ao setor de commodities, que estão em forte valorização no exterior, e de varejo, ligadas ao consumo, que tenderiam a se beneficiar com a retomada da economia e abertura de atividade.
A escolha de ações, se for uma aplicação individual, tende a ser mais bem-sucedida se contar com a orientação de um profissional de mercado, um especialista em investimentos. Ou, então, optar por um fundo de ações, que tem um gestor para cuidar de tudo para entregar ao investidor do fundo a melhor rentabilidade.