Caos nos estados, outro calo de Temer

Com muitos problemas para administrar, governo adia até onde pode uma solução mais abrangente para ajudar governadores

Desfalcado – sem a coordenação política e com o ministro da Casa Civil (Eliseu Padilha) sob ameaça de ser investigado -, o presidente Michel Temer (PMDB) não vai escapar de enfrentar um grande “calo” da República atual: o insustentável desequilíbrio das finanças dos governos estaduais e também de parte dos municípios. Com tantos problemas para administrar, de toda ordem, o governo Temer está adiando até onde pode uma solução mais abrangente para ajudar os governos estaduais a saírem do caos financeiro em que se encontram. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já decretaram estado de calamidade pública. O próximo deve ser Minas. Medo do expansionismo A situação atual dos estados equivale a uma crise financeira de grandes proporções, mais evidente, por enquanto, nas unidades da federação mais fortes na economia e política. Mas, até agora, o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda de Temer estão irredutíveis diante dos pleitos dos governos estaduais, com receio de apoiar medidas expansionistas dos gastos públicos e da dívida líquida, algo que iria na contramão da PEC do Teto dos Gastos. A proposta em estudo no governo é instituir a recuperação judicial para o setor público, respaldando o não pagamento de algumas despesas.

Nos juros, corte suave É fundamental que o Banco Central inicie um afrouxamento maior na política monetária, defende a GO Associados. “O corte nos juros aumenta o incentivo aos investimentos pelas empresas, reduz o custo das taxas dos empréstimos bancários, sendo um instrumento importante para ajudar a aquecer a demanda da economia”, afirmam os analistas da consultoria. “Não se pode promover uma redução forçada dos juros, como no passado, mas, diante da alta ociosidade, já haveria espaço para uma diminuição de ao menos 0,5 ponto percentual na última reunião do Copom.” Títulos verdes para… “Cada vez mais temos dedicado esforços para participar do mercado brasileiro de títulos verdes, sempre em parceria com as principais entidades internacionais do segmento. Temos o desafio de criar condições adequadas para que empresas de agronegócios captem recursos para projetos com impacto ambiental positivo, compatíveis com a nossa atual realidade ambiental”, diz Milton Menten, CEO da Ecoagro (Securitizadora), que participa com Michelle Lourenço Corda, relações com investidores da Suzano Papel e Celulose, do Investor Roadshow for Brazil#0027s New Economy. …Uma nova economia O evento, nesta quinta (8), em Londres, vai apresentar a gestores internacionais o portfólio de investimentos da empresa em projetos que envolvem manejo de florestas e tratamento de água. A Suzano Papel e Celulose captou esta semana R$ 1 bilhão em Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), a primeira captação verde (green bonds) no mercado brasileiro. Promovido pela Climate Bonds Initiative, o roadshow impulsiona o potencial de investimento de uma nova economia para o Brasil, baseada em investimentos de baixa emissão de carbono.

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