Greve dos caminhoneiros: como afeta nosso dia a dia?
Uma nova paralização da classe está marcada para a próxima segunda-feira (1). Contudo, ainda não se pode afirmar com certeza se ela irá acontecer.
Uma possível greve dos caminhoneiros está marcada para a próxima segunda-feira (1). Ainda não se sabe com certeza a paralização vai acontecer ou não, pois a classe é ampla e talvez não haja consenso. No dia 28 um ofício foi enviado ao governo pelo Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) confirmando a greve caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia pedido para que a paralização não ocorresse, pois todos iriam sofrer com isto.
Além disso, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) proibiu a obstrução da Rodovia Presidente Dutra durante a greve dos caminhoneiros. Com multa estipulada em R$ 10 mil para pessoas físicas e R$ 100 mil para jurídicas em caso de descumprimento da medida.
Reinvindicações dos caminhoneiros
O principal motivo da greve é a alta do preço do diesel, que teve aumento de 4,4% nas refinarias no final de dezembro. Eles pedem também uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete. O grupo pede ainda a implementação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), conquista da greve de 2018.
O que a greve dos caminhoneiros influencia na sociedade
A greve tem o intuito de causar um impacto na sociedade, em geral, para que seus pedidos sejam entendidos. Na última greve dos caminheiros, em 2018, vários setores sentiram, principalmente o da economia. Caso uma nova paralização aconteça, é provável que os mesmos efeitos sejam sentidos.
Em 2018, a Petrobrás reduziu o preço dos combustíveis e suas ações caíram em 15%. Os combustíveis pararam de chegar nas cidades, o que causou filas enormes para abastecer os carros. Além disso, gasolina e álcool comum entraram em falta em vários postos. Aulas foram paralisadas, voos cancelados pelo desabastecimento de combustível. Algumas cidades, inclusive, anunciaram estado de calamidade pública, por conta da greve.
É esperado que, caso aconteça esse ano, o mesmo ocorra, contudo pode ser ainda mais grave pela pandemia da COVID-19. Em 2018, muitos locais ficaram sem receber insumos e remédios, um cenário preocupante neste momento no Brasil.