A semana do dia 16 de maio está sendo marcada por uma intensa onda de frio no Brasil. Em meio a esse evento, é possível que ocorram episódios de chuva congelada, neve ou geada em algumas regiões. No entanto, muitas informações de origem questionável têm circulado diante do assunto, o que pode causar uma série de dúvidas como, por exemplo, em relação ao ciclone no Rio Grande do Sul. Saiba mais sobre esse fenômeno e se pode causar algum risco para a região.
Ciclone no Rio Grande do Sul
Na noite de segunda-feira, um ciclone começou a ser formado no Rio Grande do Sul, e passou a atingir a região a partir de terça-feira. Esse fenômeno meteorológico veio à tona com a intensa onda de frio que acomete boa parte do território brasileiro nesta semana.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), na segunda-feira, dia 16, uma massa de ar frio começou a se deslocar pelo Sul avançando para áreas das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que provocou a queda brusca nas temperaturas.
Com a evolução do ciclone do Rio Grande do Sul, ele passou a ser classificado como Tempestade Subtropical “Yakecan”, nomenclatura oficialmente estabelecida por meio do Aviso Especial nº 356/2022, publicado no site do Centro de Hidrografia Marinha (CHM). A expressão que dá nome ao fenômeno significa “o som do céu” em tupi-guarani, e ele deve provocar rajadas de vento que podem superar os 100 km/h.
O INMET prevê que, até a noite da quarta-feira, ele se intensifique e passe a ser classificado como Tempestade Tropical, que será quando as rajadas de vento poderão superar os 110 km/h, do extremo sul e leste do Rio Grande do Sul ao litoral sul de Santa Catarina. No entanto, até o final da semana esse sistema vai se deslocar em direção ao litoral da Região Sudeste, perdendo força.
O que é um ciclone
Segundo o Climatempo, os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica na qual os ventos se movimentam no sentido horário, no Hemisfério Sul, e no anti-horário, no Hemisfério Norte. E, quando evoluem de intensidade, podem ser classificados como tempestades. Eles também estão associados com grandes nuvens carregadas que provocam chuva forte. Os tipos de ciclones são:
Ciclone extratropical: está associado com as frentes frias, e se origina fora da área dos trópicos, região identificada como a área ao norte do Equador até o Trópico de Câncer e ao sul do Equador até o Trópico de Capricórnio; é considerado um ciclone migratório, por ser encontrado nas médias e altas latitudes, e também pode ser chamado de tempestade extratropical;
Ciclone subtropical: ciclone intermediário, ou seja, está entre o tropical e o extratropical, em que carrega características de ambos; assim, ele pode ou não estar associado a uma frente fria, e se forma nas regiões chamadas de subtrópicos, definidas como áreas que se estendem por aproximadamente 12 graus de latitude ao norte e ao sul dos trópicos;
Ciclone tropical: se desenvolve sobre as águas tropicais, devido às altas temperaturas e alta umidade; dependendo da intensidade dos ventos de sustentação da superfície, pode ser classificado como tempestade tropical, furacão ou tufão;
Situação de alerta
Diante da formação do ciclone no Rio Grande do Sul, o INMET emitiu alertas para habitantes de algumas regiões se precaverem, entre terça e quarta-feira, por conta de possíveis eventos meteorológicos que podem surgir. Tanto no RS quanto em Santa Catarina, há áreas que correm grande perigo em função da formação de ventos costeiros. O surgimento de neve, com espessura entre 5 cm e 20 cm, também traz risco de acidentes em estradas.
Além disso, há a possibilidade de ocorrência de chuvas intensas e vendavais, com risco de corte de energia elétrica, destelhamento de casas, queda de galhos de árvores, alagamentos, descargas elétricas e danos gerais em edificações e plantações. A recomendação é que se permaneça em local abrigado, não fique debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, e, se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
A onda de frio que acomete a região é outro motivo para ficar em alerta, com chance de temperatura 5ºC abaixo da média por um período de 3 até 5 dias. O INMET ainda recomenda que se contate a Defesa Civil (telefone: 199) ou o Corpo de Bombeiros (telefone 193) para obter mais informações.
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