Arrecadação de impostos em agosto tem alta em comparação à 2019
Retomada de atividades econômicas influenciaram no aumento de arrecadação de impostos em agosto.
A Receita Federal divulgou hoje (01) números da arrecadação de impostos em agosto. O valor total chegou à R$ 124.505 milhões, o que representa aumento real de 1,33% em relação ao mesmo mês de 2019. Trata-se do primeiro crescimento real após seis meses de queda, em comparação com os resultados do ano passado.
Em coletiva, o chefe do Centro de Estudos Tributários na Receita Federal, Claudemir Malaquias, informou que houve atraso na divulgação por conta de sobrecarga de atividades do centro. Compensações de tributos tiveram aumento de 97,88% em comparação à agosto de 2019
Imposto de Renda
O total de arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido foi de R$ 16.527 milhões. Dessa forma, o crescimento corrigido pela inflação é de 21,22%. Contudo, no acumulado de janeiro à agosto, há diminuição em 8,18%.
Cofins e PIS/Pasep – Impostos em agosto
Em seguida, os recolhimentos com Cofins e PIS/Pasep resultaram em R$ 31.811
milhões. O aumento real é de 16,28%. O qual pode ser explicado pela opção de contribuintes pagarem no mês em agosto contribuições com vencimento em abril. Porém, entre janeiro e agosto, houve baixa de 23,13%.
Receita Previdenciária
As receitas com previdência chegaram a R$ 40.010 milhões, com crescimento em 13,74%. Nota-se então que em agosto foi paga a parcela Contribuição Previdenciária Patronal relativo ao mês de abril. Desde o início do ano a queda é de 14,07%.
Retomada de atividades econômicas
Malaquias explicou que a retomada parcial da economia gerou o maior arrecadamento de impostos em agosto. Com a flexibilização da quarentena, alguns negócios foram retomados. E a partir disso pessoas passaram a consumir itens diferentes do início da pandemia. Ele acredita que esse movimento se refletirá ainda mais nos resultados do mês de setembro.
Além disso, o auxílio emergencial também permitiu maior consumo de parte da população. Numa primeira fase do benefício houve recebimento de seis parcelas de R$ 600 ou R$ 1200. Na atual segundo fase, serão até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600.