100 Open Startups divulga ranking das startups mais relevantes

A 100 Open Startups, plataforma que atua como uma ponte entre as startups e as grandes companhias, divulgou hoje o ranking com as dez empresas nascentes que mais estão criando e consolidando tendências em indústria 4.0 neste ano.

O setor ainda está se desenvolvendo no Brasil. Isso porque, segundo a 100 Open Startups, 43% das empresas nacionais não identificam quais tecnologias têm potencial para alavancar a competitividade do segmento industrial. No entanto, startups com soluções para otimizar as etapas produtivas e para diminuir os custos dos processos da indústria já despontam como destaques no mercado, como aponta o ranking.

Ranking

A primeira que entrou para a lista foi a Guiando, da área de telecomunicação. A startup criou uma tecnologia que visa a diminuição de gastos com telecom, impressão, licenças de software e Facilities. Outra que está entre as ranqueadas é a Ubivis, que desenvolveu um sistema de internet das coisas (IoT) para coleta e troca de dados e análise cognitiva para o aprendizado de máquinas.

Em terceiro está a Intelup, que recebe dados das linhas de produção e permite uma análise em tempo real de todo o cenário. Em seguida, está a QualityStorm, que utiliza um software para inspeções de qualidade, controle de processos e para tarefas administrativas.  A Vidya Techology também está entre as ranqueadas. A empresa produz softwares, hardwares e presta serviços contra a corrosão em ambientes industriais.

No sexto lugar está a Phi Innovations, que desenvolve softwares para análise de dados de companhias industriais.   Outra presente na lista é a Beenoculus, que produz tecnologias de realidade virtual e aumentada. Em seguida a startup Órbita Engenharia. A startup produz tecnologias de inteligência artificial e visão computacional. Além destas, estão presentes no ranking a Tau Flow, que prevê possíveis acidentes por meio de simulação 3D, e a Virturian, responsável pelo monitoramento de motores industriais.

Inovação

O CEO da 100 Open Startups, Bruno Rondani, considera que o ecossistema brasileiro de startups tem crescido exponencialmente, com mais investimentos e mais interação entre as grandes companhias e as nascentes. O ranking é realizado desde 2016 e, desde então, já ajudou a consolidação de mais de sete mil contratos entre startups e grandes empresas.

Segundo Rondani, atualmente, as grandes companhias não têm outro cenário a não ser o de investir em inovação aberta. “Há uns quatro ou cinco anos esse pensamento de ‘abraçar’ ou não uma startup era muito comum. Hoje, isso não acontece mais, é um movimento natural exigido pelo mercado”.   Entretanto, na visão dele, o mercado de inovação brasileiro ainda tem alguns gargalos. O principal deles é o fato de a cultura empreendedora não estar totalmente difundida. “As pessoas precisam se interessar mais por investir e por começar uma empresa. Não adianta esse apoio ser somente das grandes companhias”, explica.

Ainda assim, o CEO tem expectativas positivas em relação ao desenvolvimento de empresas nascentes no território nacional. De acordo com Rondani, mesmo que em níveis diferentes de maturidade, todos os setores industriais estão passando por uma transformação digital.