Tecnobrega: veja os principais cantores e hits desse estilo “pai d’égua”

O fenômeno do Pará explodiu em todo o Brasil nas últimas décadas, chamando a atenção dos fãs e da mídia.

O tecnobrega é um estilo musical oriundo do Pará mas que conquistou fãs em todo o país. Afinal, o seu ritmo agitado, suas letras românticas e performances marcantes é de chamar a atenção!

Desde os anos 90 o ritmo domina as festas e shows na região Norte do Brasil. As músicas misturam o som eletrônico com música pop. E com gêneros regionais paraenses, como o carimbó, guitarrada, calypso e forró eletrônico.

Mas foi a partir dos anos 2000 que outras regiões do país puderam conhecer a força da música paraense. E um dos grandes responsáveis foi a banda Calypso. Ela foi liderada pela cantora Joelma e o guitarrista Chimbinha até 2015. O sucesso de “Dançando Calypso” fez a banda ser alvo de vários empresários e gravadoras.

Tecnobrega gaby amarantos
Imagem> reprodução/twitter

Mas não apenas a banda Calypso, como diversos outros nomes fizeram o tecnobrega sair do patamar de música regional e virou um estilo musical apreciado por vários brasileiro. Inclusive influenciou músicos de outras regiões, como a banda Uó, de Goiânia.

Assim, o tecnobrega representa um grande marco na cultura. E em 2013, ele se tornou patrimônio imaterial artístico e cultural do Pará.

 

Pioneiros do tecnobrega

O tecnobrega é uma variação do tradicional brega paraense, que desde os anos 60 é presente nos famosos bailes da época. Entre os grandes nomes estão a banda Sayonara, com o sucesso “Quem não te quer sou eu”, Pinduca com a canção “Lambada” e Roberto Villar, com o clássico “Profissional Papudinho”.

A banda Calypso foi grande influenciadora do tecnobrega, mas faz parte da geração do “brega marcante”,  surgida a partir dos anos 90.  Aqui há uma forte mistura de estilos como merengue, cumbia, calipso e do pop rock/ new wave oitentista.

E neste último caso, há ainda as regravações de hits internacionais, tendência até hoje forte no brega paraense e que faz muito sucesso na região Norte.

 

Mas o tecnobrega em si teve como grande precursor a banda Fruto Sensual, liderada pela vocalista Valéria Paiva. Formada em 1995, teve como grande hit “Esta No Ar”, uma regravação do clássico “Total Eclipse of the Heart”, de Bonnie Tyler.

Outro grande sucesso foi “Príncipe Negro”. Ambos foram lançados no primeiro CD da banda, “Fruto Sensual na onda das Aparelhagens vol.1”,  gravado independente, mas que teve grande repercussão das rádios.

Tecnobrega e tecnomelody

Também conhecido como tecnomelody, o tecnobrega teve muitos outros sucessos durante os anos 200. Um dos primeiros clássicos do ritmo e até hoje muito executado em festas de brega é o hit “São Amores” da banda Quero Mais. E sem esquecer doo famoso “pei, pei”!

O tecnobrega em geral tem letras românticas, mas não se limita nisso. As temáticas das músicas, possuem grande amplitude, podendo ter desde cunho humorístico até feministas.

A banda AR-15 também é um fenômeno dos anos 2000. Surgiu em 2006 com os vocalistas Harrisson Lemos e Letícia Rocha. Teve como grande sucesso “Anjo Bom”, “Foi no Teu Olhar” e “Sofro de Amor”.

Em 2009 a Banda Djavú, surgida na Bahia, se tornou muito conhecida em todo o Brasil.  As canções “Me Libera” e “Não Desligue o Telefone” repercutiram no sul e sudeste. Ambas tocaram nas rádios e programas de televisão.

Década de 2010

Na década de 2010, o grande destaque foi a cantora Gaby Amarantos. Começou a carreira em 2002, como vocalista na banda Tecno Show.

Assim, com brincos grandes, sapatos de 20 centímetros leds, roupas coloridas, cílios postiços e apliques de cabelo, se tornou um grande nome do pop paraense. Mais tarde iniciou a carreira solo e ficou conhecida como a “Beyoncé do Pará”.

Ficou conhecida após lançar a música “Hoje Eu Tô Solteira”, uma versão da música “Single Ladies”. Seu segundo sucesso nacional, “Xirley”, alcançou um milhão de acessos no YouTube. E a canção “Ex Mai Love” foi o tema de abertura da novela Cheias de Charme, da Rede Globo, em 2012.

Contudo em 2011, a Banda Uó, originária de Goiás, despontou como o principal expoente do gênero nas rádios e na televisão.

Isso ocorreu graças ao investimento na na produção de videoclipes com grandes diretores e alta verba. Assim, conquistaram contrato com a Deckdisc, chegando a vencer o MTV Video Music Brasil 2011 daquele ano.

Nos anos seguintes a banda disseminou o tecnobrega com os álbuns Me Emoldurei de Presente Pra Te Ter (2011), Motel (2012) e Veneno (2015).

Tecnobrega banda uó
Imagem: reprodução/twitter

O tecnobrega influenciou até mesmo Pablo Vittar, que aderiu ao estilo durante sua carreira. Em 2017,  a cantora passou a também utilizar o gênero em seu álbum “Vai Passar Mal”.

Assim, a faixa “Corpo Sensual” conquistou boas posições dentro da Billboard Brasil. E ganhou o certificado de diamante pelo Pro-Música Brasil.

Assim, o tecnobrega se tornou um fenômeno cultural no país, presentes em festas, shows e na mídia. Saiu das regiões do Pará e conquistou território nacional, com seu estilo romântico, divertido e “pai d’égua”. Como diz o bom vocabulário nortista.

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