Bohemian Rhapsody: tudo sobre o clássico do Queen

Da canção ao filme biográfico, Bohemian Rhapsody, do Queen, encanta várias gerações de fãs em todo o mundo. Por sua complexidade e inovação

A música Bohemian Rhapsody, clássico da banda inglesa Queen, tem o seu lugar cravado na história da música.  É difícil apontar um fã de rock que não goste e admire a obra.

Lançada em 1975 no álbum “A Night At The Opera”, a canção foi composta pelo vocalista Freddie Mercury. Desde então, muitos consideram a ópera rock uma obra-prima por sua complexidade e inovações.

Desde a primeira vez que abanda apareceu na mídia,  a música ficou entre as 10 músicas mais tocadas no “Top Of The Pops”. E por 9 semanas seguidas. Com isso, o Queen alcançou um patamar de fama mais alto no mundo musical.

E com o lançamento do filme “Bohemian Rhapsody” em 2018, o sucesso da canção voltou a crescer. Principalmente entre a nova geração de fãs do Queen.

Assim, o legado de Bohemian Rhapsody conquista e encanta ao longo dos anos. Na internet não faltam covers, paródias e outras formas de homenagens à banda e também para a canção.

Complexidade de Bohemian Rhapsody

O verdadeiro significado da letra de Bohemian Rhapsody é um mistério para muitos fãs. Afinal Freddie Mercury nunca o revelou em público.

Cantada em eu lírico, a penúltima faixa de “A Night At The Opera” tem quase seis minutos de duração. A letra tem as falas do personagem que teria confessado um crime – matando um homem-, fugiu de casa e entregou sua alma ao diabo.

E o significado carrega teorias sobre o real pensamento de Freddie Mercury. Entre elas seria uma forma poética dele falar sobre sua sexualidade. Já que até então Mercury não havia declarado aos fãs que era bissexual.

 

A letra também tem palavras diferentes e desconhecidas do grande público, como Scaramouch, que é um palhaço de caráter malandro da comédia intaliana “Dell’Arte”, Fandango, um estilo de dança originado na Espanha e Bismillah, palavra árabe que significa “em nome de Deus, o Misericordioso, o Clemente”.

Mas além da letra, Bohemian Rhapsody também carrega elementos musicais complexos.  Ela apresenta diferentes nuances e estéticas sonoras. Uma chama a atenção é a divisão vocal entre os quatro membros do Queen, Mercury, Brian May (guitarra), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria).

Inovação em videoclipes

Bohemian Rhapsody também foi um marco para os videoclipes. No ano de lançamento da canção, o Queen resolveu lançar um formato diferenciado para divulgar a canção.

O quarteto inglês  era a atração ao vivo no programa de TV Top of the pops. Mas vez de entrar no palco, o grupo enviou o vídeo para ir no ar, durante a apresentação.

As imagens mostram uma apresentação ao vivo do Queen e a impressão é que os integrantes estavam tocando ao vivo na televisão. Mas o clipe trouxe efeitos gráficos e sonoros.

O vídeo foi gravado em apenas quatro horas, no estúdio Trident, e dirigido por Bruce Gowers. A parte inicial do clipe, com as quatro faces do grupo na penumbra, foi inspirada na foto feita por Mick Rock paraa a capa do segundo disco da banda.

Neste dia, pela primeira vez uma performance ao vivo foi substituída por um produto audiovisual. Grande estratégia de marketing, que deu certo. Em uma época pré-MTV, em que poucos artistas se preocupavam com este tipo de material, o Queen inovou mais uma vez.

Desde então, os videoclipes passaram a ter identidade própria, deixando de ser apenas uma referência visual ligada ao cinema.

E se tornou o vídeo mais antigo, lançado antes dos anos 90, com maior número de reproduções no Youtube. O clipe atingiu 1 bilhão de visualizações.

Bohemian Rhapsody, o filme

O título “Bohemian Rhapsody” nomeou a biografia de Freddie Mercury que foi aos cinemas em 2018. Apesar das polêmicas em relação às alterações no enredo, o filme foi o mais bem- sucedido do gênero . E alcançou mais de US$ 600 milhões nas bilheterias mundiais.

E a canção é o ponto chave da trama para que o Queen alcançasse o sucesso mundial. Na ficção, a banda apresenta Bohemian Rhapsody ao empresário Ray Foster, interpretado por Mike Myers. Mas ele rejeita a música e diz que ninguém ouviria.

O personagem é baseado no presidente da gravadora EMI, Roy Featherstone, que apesar de ser um grande apoiador da banda, acreditava que a música, de 5 minutos e 54 segundos, era longa demais para ser um single. Grande engano.

E outra cena inesquecível da trama é a reprodução do show da banda no Live Aid, em 1985. A emocionante cena onde Freddie Mercury, interpretado por Rami Malek, e a plateia acompanha faz o espectador se sentir no show.

Por fim, não podemos deixar de citar a poética cena da composição de Bohemian Rhapsody, onde toda a genialidade de Freddie é mostrada. As etapas sonoras, inovações nas letras e parceria dos quatro músicos estão todas bem representadas.

Homenagem

Com toda essa grandiosidade, não é a toa que Bohemian Rhapsody recebesse homenagens ao longo das décadas. Uma das mais famosas ocorreu no filme  “Wayne’s World” (1992),  no Brasil conhecido como “Quanto mais idiota melhor”.

A dupla de amigos roqueiros Wayne Campbell (Mike Myers )e Garth Algar (Dana Carvey) com alguns amigos batem cabeça no carro, ao som do clássico, do Queen.

A cena curta fez tanto sucesso que alavancou a fama do Queen nos Estados Unidos, que estava baixa nos anos 90. a música atingiu o segundo lugar das paradas.

Então, pode-se concluir que pela inovação e diferencial, Bohemian Rhapsody tem o poder de um clássico não apenas do rock, mas da música mundial. Que merece ser mais reproduzida e repassada para várias gerações.

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