Relembre a trajetória de Eddie Van Halen, o gênio das guitarras

O músico por trás da banda Van Halen estava lutando contra um câncer na garganta há anos.

Eddie Van Halen, considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas da história do rock morreu naterça-feira (6), após uma longa batalha contra um câncer na garganta, de acordo com fontes do site TMZ, o músico estava internado no hospital St. John na cidade de Santa Monica, nos Estados Unidos. Ele estava acompanhado de sua mulher, Janie, do filho, Wolfgang, e de Alex, seu irmão e baterista da banda.

Seu filho fez um post no Twitter no Twitter lamentando a perda do pai: “Não acredito que tenho de escrever isso, mas meu pai, Edward Lodewijk Van Halen, perdeu sua longa e árdua batalha contra o câncer esta manhã. Ele era o melhor pai que eu poderia ter pedido”, escreveu Wolfgang.

“Cada momento que compartilhei com ele no palco e fora dele foi um presente. Meu coração está partido e eu acho que jamais me recuperarei totalmente dessa perda. Eu te amo muito, pai.”

O legado de Eddie Van Halen

A morte do músico deixa para o mundo do rock um dos seus maiores lutos, mas sua vida deixou uma obra irretocável, atemporal e uma pedra fundamental do rock. Seu legado na guitarra é incontestável e adorado por milhões de fãs. Mesmo sabendo que sua popularidade não se manteve na atual geração, sua influencia é incontestável na historia do rock , uma grande perda para a musica.

Fundador da banda Van Halen, Eddie se tornou o guitarrista mais influente de sua geração, criou harmonias complexas, dedilhados inovadores e dispositivos engenhosos que patenteou para seu instrumento ele podia fazer a guitarra soar como um avião de mergulho. Além de criar a inovadora técnica de tapping e incorporar a alavanca trêmulo como partes indissociáveis de seus solos. Essas técnicas e dispositivos abriram um leque de possibilidades para uma geração de guitarristas.

Eddie criou o seu estilo fugindo de padrão ou da velha formula que era a mistura do Blues, Folk e Rock e no primeiro álbum chamado Van Halen alertou o mundo para um novo tipo de herói da guitarra que ignorou essas raízes do blues-rock da geração anterior de deuses da guitarra como Clapton, Hendrix, Page e Jeff Beck, etc.

Além de reinventar a guitarra, em uma época em que guitarristas virtuosos começavam a perder espaço, Eddie trouxe de volta ao rock o espírito da diversão. E fez isso dando roupagem metal a sucessos do passado, como “You Really Got Me”, dos Kinks, e “Oh, Pretty Woman”, de Roy Orbison.

Em entrevista concedida em 1979, Eddie descreveu o principio norteador da banda. “Tudo que estamos tentando fazer é devolver a emoção ao rock´n´roll”. Muitas pessoas parecem ter se esquecido do que o rock´n´roll é feito. Somos muito energéticos. Nós subimos lá e pegamos fogo’.

Parceria antológica com o Michael Jackson em “Beat it”

A parceria até então inusitada e vista com muito preconceito pelo mundo do rock se mostrou perfeita criando um dos momentos mais antológicos da historia da musica. Convidado por Quincy Jones criou um dos solos mais lendários da musica pop, Pete Townshend contou a revista Rolling Stone como se deu o convite para Eddie participar das gravações de Beat It.

“Michael Jackson. me pediu para tocar guitarra (álbum) ‘Thriller’. Eu disse que não poderia mas recomendei Eddie que me ligou e batemos um papo. Ele ficou muito feliz mas me disse que estava adorando aprender a tocar teclados. Seu sorriso era irradiante. Um cara no tempo certo, tão contente de fazer o que fazia.

Em 2012, Eddie Van Halen contou para a CNN como foi a gravação de seu solo em “Beat It”, do Michael Jackson: “Eu ouvi e imediatamente perguntei se poderia mudar algumas partes. Pedi para o engenheiro de som eliminar alguns trechos, acho que levou uns dez minutos para juntar tudo, então improvisei dois solos por cima. Eu tinha acabado de finalizar o segundo deles quando Michael entrou na sala. Vocês sabem como os artistas são meio loucos. Todos somos meio estranhos. Eu não sabia como Michael ia reagir, então avisei que havia mudado a parte do meio da música. Pensei que ou ele me expulsaria aos chutes por ter cortado a música dele ou gostaria. Michael ouviu, virou para mim e disse: ‘Obrigado por ter essa paixão, não só vir e fazer o solo, mas por se importar com a música e fazê-la ficar melhor.”

Veja a seguir a parceria com o rei do pop

 

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