No Sábado de Aleluia pode comer carne? Entenda a celebração
Entenda mais sobre a comemoração e suas tradições na véspera da Páscoa
O Sábado de Aleluia é uma das datas presentes na Semana Santa, período em que se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Também chamado de Sábado Santo, ele antecede o Domingo de Páscoa, uma das celebrações mais importantes no calendário cristão. A data costuma levantar diversas dúvidas, afinal, no Sábado de Aleluia, pode comer carne? E ouvir música? Entenda mais sobre a comemoração e suas tradições.
No Sábado de Aleluia pode comer carne?
Não há uma regra exata que afirme que no Sábado de Aleluia não se pode comer carne vermelha ou consumir apenas peixe. No Código de Direito Canônico da Igreja Católica, recomenda-se que todas as sextas-feiras do ano sejam reservadas a abstinência de carne ou outro alimento. E o documento também determina a realização do jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.
No entanto, esse dia costuma ser voltado para a oração e o silêncio, em que também pode-se fazer um jejum limitado, evitando a carne vermelha. Em algumas igrejas, acontece a confissão sacramental, ainda sendo possível praticar a penitência. A data também é a última oportunidade de fazer a mudança de vida que a Quaresma proporciona, para mais à noite celebrar de coração renovado a chegada da Páscoa.
O que se comemora no Sábado de Aleluia
O Sábado de Aleluia antecede a celebração da ressurreição de Jesus Cristo, após ter sido crucificado na Sexta-feira Santa. O nome da data vem da tradição da Igreja Católica de não dizer “aleluia” nas missas durante a Quaresma. Ao final desse dia, finalmente se diz “aleluia” para anunciar o início da Páscoa. De acordo com a Bíblia cristã, o Sábado de Aleluia foi um dia de muita tristeza para os discípulos de Jesus. Por isso, apesar de não ter uma regra que afirma que no Sábado de Aleluia não se pode comer carne, ele costuma ser voltado para a reflexão, oração e penitência, em que os fiéis devem se abster dos prazeres luxuosos também.
Entre as tradições do Sábado de Aleluia, está a celebração da Vigília Pascal ao anoitecer, “a mãe de todas as vigílias”. Na Igreja e na Liturgia Católica, antes de todas as grandes solenidades, há uma celebração de véspera ou vigília. A Vigília Pascal é desenvolvida em quatro etapas fundamentais: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Eucaristia. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Durante a Liturgia da Luz da Vigília do Sábado de Aleluia, outro costume da data é o de acender o Círio Pascal, uma vela grande e com símbolos das letras gregas Alfa e Ômega, que representam Jesus Cristo. Nessa etapa, realiza-se a Bênção do Fogo, simbolizando Cristo morto e ressuscitado. De acordo com a tradição, ele também serve para representar a “luz de Cristo”, que ilumina e protege o mundo das trevas.
E, durante a procissão do Círio Pascal, as luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que guia pelas trevas e indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
O que pode e não pode fazer no Sábado de Aleluia
Há muitas dúvidas sobre o que pode e não pode fazer no Sábado Santo. Em relação ao consumo de alimentos, não há uma determinação específica se no Sábado de Aleluia não se pode comer carne. No entanto, recomenda-se a realização de um jejum limitado, evitando o consumo de carne vermelha, que pode ser substituída por peixe, por exemplo.
Também não existe uma regra que afirme se pode ou não ouvir música nessa data. Mas o que as igrejas costumam pregar é que este seja um dia voltado para a reflexão, o silêncio e a oração. Logo, os prazeres do mundo devem ser excluídos, a fim de que a comunidade cristã possa sentir a tristeza e a dor da morte de Jesus, assim como ocorreu com Maria e os discípulos.
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