Próximo caso do Linha Direta traz caso de viúva procurada pela Interpol
Heloísa Borba Gonçalves é procurada pela Interpol e FBI
O próximo caso do Linha Direta, que será apresentado no programa desta quinta-feira (8), traz os assassinatos cometidos por Heloísa Borba Gonçalves, procurada pela Interpol por ser mandante de diversos crimes. A foragida está impune há mais de 50 anos.
Qual o próximo caso do Linha Direta?
‘A viúva’, como é conhecida, é acusada de cometer crimes em três estados brasileiros, deixando para trás um rastro de mortes violentas. Ainda foragida da polícia, Heloísa, um dos nomes utilizados por ela, está na lista da Interpol e do FBI com o codinome de Viúva Negra, uma das mais procuradas do mundo.
Hoje com 73 anos, a criminosa é acusada de ter matado vários ex-maridos, além dos crimes de estelionatário, falsidade ideológica e fraude.
O primeiro assassinato cometido pela viúva aconteceu em 1971, quando seu então marido, o médico alemão Guenther Wolf, sofreu um misterioso acidente de carro pouco tempo depois de se casar com Heloísa.
Seis meses depois da morte do homem, a criminosa deu à luz a sua filha, que foi registrada como herdeira de Guenther e teve direito à fortuna deixada por ele.
A sequência de crimes continuou nos próximos anos. Em 1977, Carlos Pinto da Silva, segundo companheiro de Heloísa, sofreu um atentado a tiros em Salvador, mas sobreviveu. Em 1982, a mulher se casou com o português Irineu Duque Soares, que foi assassinado cinco meses depois da união. Borba registrou mais um filho em nome de seu falecido marido, Daniel.
Nicolau Saad, outro homem com quem a viúva se relacionou, também foi morto misteriosamente em 1990. Mais dois homens morreram depois de viverem um relacionamento com Heloísa nos anos seguintes, Jorge Ribeiro e Wagih Murad.
A polícia identificou que a criminosa sempre escolhia homens com o mesmo perfil: mais velhos, viúvos ou divorciados e com muitos bens.
Investigações do FBI apontaram que a viúva estava na Flórida, nos Estados Unidos, usando o nome de Heloísa Saad Lopez, mas até hoje não foi encontrada.
Veja: 4 casos que o Linha Direta ajudou a resolver
Que horas começa o programa?
O Linha Direta começa às 22h55, horário de Brasília, logo após o Cine Holliúdy. Após a exibição na TV, os episódios ficam salvos para os assinantes do Globoplay.
O programa tem duração média de 1 hora. Semanalmente, Pedro Bial apresenta casos que mobilizaram o país. O tema central costuma ser um crime que já foi resolvido pela polícia e outro que ainda está aberto – mas há exceções como a morte do menino Henry Borel e os crimes cometidos pela viúva, que ainda não foram concluídos.
Ao final da exibição de cada episódio, é disponibilizado um número para denúncias caso os espectadores tenham alguma informações que pode levar ao paradeiro dos foragidos.
Até agora, o Linha Direta ajudou a prender um criminoso após a divulgação do caso na televisão. John Lenon Menezes Maia foi localizado e preso, suspeito de ter matado a menina Lorena, de 2 anos, em Manaus. O crime foi exibido no final do programa que exibiu a morte de Henry Borel, 4, em 2021.
Nas primeiras temporadas do Linha Direta exibidas nos anos 2000, o programa ajudou a prender mais de 400 foragidos da polícia e até ganhou a medalha Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) por reconhecimento ao mérito do programa.
Apesar do sucesso que o Linha Direta fez nos primeiros anos de exibição, o formato acabou ficando degastado, como acontece com atrações que ficam muito tempo no ar, e foi cancelado em 2007.
Neste ano, com o sucesso de programas e seriados sobre true crimes, a atração retornou para a grade da Globo sob comando de Pedro Bial, mas terá apenas 10 episódios por enquanto.
Veja: Apresentadores do Linha Direta: quem apresentava o programa?