Novela Pantanal: o que já sabemos sobre o remake da Globo
A atriz Alanis Guillen, 23 anos, será a Juma do remake da novela Pantanal.
Há 30 anos, mais precisamente em 27 de março de 1990, ia ao ar o primeiro capítulo da novela Pantanal, um clássico da teledramaturgia levado à telinha pela extinta TV Manchete. Para a surpresa dos fãs da história de Juma Marrá, a mulher que virava onça, interpretada por Cristiana Oliveira, a Globo anunciou que vai produzir o remake da trama, escrita por Benedito Ruy Barbosa.
A missão de adaptar o texto para os tempos atuais é de Bruno Luperi, neto de Benedito, que tinha apenas dois anos quando a novela estreou. A nova versão da trama deve ir ao ar em 2022 na faixa das 21h.
Quem será a nova Juma Marruá na novela Panatal?
A atriz Alanis Guillen, 23 anos, será a Juma do remake da novela Pantanal. A artista já trabalhou em outro projeto da Globo, Malhação. A paulista, natural de Santo André, interpretou Rita em Malhação – Toda Forma de Amar, de 2019.
Alanis começou a carreira quando tinha apenas 3 anos de idade, ela participou de comerciais para empresas como: Marisa, Nestlé Nextel e Mercado Livre.
Para Bruno Luperi, autor da nova versão de ‘Pantanal’, a atriz escolhida para interpretar Juma precisava ter uma característica indispensável: o olhar da onça. “Olhei para ela e pensei: é exatamente o que precisamos. Bochecha, nariz, boca, olhar e talento. Ela tinha tudo”, comenta Bruno.
Qual o enredo da trama?
Na primeira versão, “Pantanal” contou a história da família de José Leôncio (Paulo Gorgulho, na juventude, e depois Claudio Marzo) e de Juma Marruá, a mulher que virava onça e fez da atriz Cristiana Oliveira uma celebridade. Com fotografia belíssima, repleta de imagens aéreas, voos de tuiuiú e muito nascer e pôr do sol, a novela foi dirigida Jayme Monjardim.
A trama também apostava fundo na sensualidade, com muitos corpos despidos em banhos de rio. Além de Cristiana Oliveira, “Pantanal” foi estrelada por atores como Cláudio Marzo, Paulo Gorgulho, Ingra Liberato, Marcos Palmeira e Marcos Winter. Recusada pela Globo, virou um marco da televisão brasileira na emissora concorrente, ao se tornar sucesso de ibope, de merchandising e de crítica.
Por que a novela foi tão importante?
Em entrevista ao TAB, do UOL, Esther Hamburger, professora titular de História do Cinema e do Audiovisual na ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), disse que “até então, a novela desempenhava um papel semelhante ao do cinema clássico de Hollywood no começo do século 20, que apontava a urbanização como movimento inexorável”.
Era uma migração acompanhada de liberalização dos costumes, de anonimato. Com menos sujeição à fofoca e ao controle, a trama deixava na rabeira uma vida campestre de conotação negativa, invariavelmente dominada pelo chicote de um coronel. “‘Pantanal’ virou esse eixo. Ela apresentou uma reinterpretação do Brasil”, afirmou Hamburger.
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