No ar na novela Pantanal, Gabriel Sater fala sobre papel e novo álbum

Gabriel Sater, filho de Almir Sater, viverá personagem que foi de seu pai em 1990 na novela Pantanal

Gabriel Sater estará na novela Pantanal  da Globo como Trindade, personagem que foi vivido pelo pai Almir Sater em 1990. Mas além do papel que lançou para o Brasil o sobrenome da família, o artista tem mais motivos para comemorar em 2022: um novo álbum.

Em conversa com o Jornal DCI, o artista falou sobre a carreira, infância e claro, o papel em Pantanal; confira:

Gabriel Sater, filho de Almir Sater – novela Pantanal

Gabriel Sater irá viver o personagem Trindade na novela Pantanal, papel que foi de Almir Sater na versão original do folhetim em 1990. Misterioso, o rapaz é um peão que trabalha na fazenda de José Leôncio e fica sob a mira de uma lenda, que tem pacto com o diabo.

Na época em que foi lançada na Manchete, a novela alavancou o nome de Almir Sater como ator, que chegou a estrelar A História de Ana Raio e Zé Trovão depois que Pantanal foi finalizada na emissora. Em 2022, o papel passou para Gabriel, que contou durante a entrevista com o DCI que interpretar Trindade é a realização de um sonho.

“Eu acredito que em cada fase da vida temos sonhos diferentes. Eu já realizei muitos sonhos na minha carreira, como compor, gravar e fazer shows com meus ídolos musicais, inclusive com meu pai e ingressar em uma arte como a dramaturgia pela qual sempre fui muito fascinado. Agora, um grande sonho que eu estou realizando é viver o personagem Trindade no remake da novela Pantanal. Eu realmente sonhei muito que isso tudo acontecesse, tanto o remake da novela, quanto a possibilidade de interpretar Trindade”, contou.

Em papo com a imprensa em uma coletiva sobre Pantanal, o pai do cantor, Almir Sater, contou que não conversou muito com o filho sobre o papel, pois queria que ele criasse sua própria versão de Trindade.

Além da novela Pantanal, Gabriel já atuou em Meu Pedacinho de Chão (2014), obra de Benedito Ruy Barbosa, e também no filme Coração de Cowboy (2018), ao lado de Thaila Ayala e Jackson Antunes.

Novo álbum de Gabriel Sater

Em breve, Gabriel Sater trará o álbum Erva Doce ao público, o lançamento será ainda em 2022 e reunirá faixas mais intimistas que os trabalhos anteriores do cantor. Isso era algo que o artista queria fazer há algum tempo, desde que encerrou a gravação de seu DVD, lançado em 2020.

O planejamento e também gravações de Erva Doce foram realizadas enquanto Gabriel Sater se preparava para viver Trindade na novela Pantanal da TV Globo.

“Muita dessa energia que eu estava construindo para meu personagem, o Trindade, alimentou esse novo projeto. Nesse trabalho apresentarei toda uma essência pantaneira, de musicalidade de fronteira e de uma calma diferenciada. Serão temas instrumentais e canções compostas já há algum tempo, além de temas que eu compus durante a pandemia e que funcionaram para mim, como um bálsamo para esse tempo tão crítico e único, cheio incertezas e medos. O lançamento desse CD será realmente um momento muito especial pra mim”, comentou.

A primeira música do álbum será lançada no mesmo dia em que estreia Pantanal, 28 de março. A canção se chamará Tigre do Rio e é um tema instrumental que compôs em homenagem ao avô, Fuad Sater.

Álbuns

O primeiro show solo de Gabriel Sater foi lançado em 2002, com temas instrumentais e canções autorais e releituras. Seu primeiro lançamento de álbum aconteceu alguns anos depois, em 2006. Os trabalhos do cantor foram:

  • Gabriel Sater Instrumental (2006)
  • A Essência do Amanhecer (2009)
  • Indomável (2014)
  • Ao Vivo no MINIDocs (2018)
  • DVD Quando For a Hora de 2020, em comemoração aos 20 anos de carreira (2020)
  • Erva Doce (em produção)

Assista:

Carreira de Gabriel Sater

Gabriel Sater cresceu em uma casa recheada de música, filho do renomado Almir Sater, o cantor contou ao DCI que a casa do avô, em Campo Grande/MS, foi um dos lugares que mais o marcaram. “Desde pequeno vivenciei encontros familiares regados de muita música boa. Festas que duravam dias, para as quais meu avô contratava bandas de música paraguaia, que traziam toda tradição cultural da fronteira. Assistia minha família ensaiar para os shows, meu pai compor com seus parceiros e meu avô fazendo seu famoso churrasco. Sinto muita saudade desses momentos tão especiais”, recordou.

Quando estava no segundo ano do ensino médio, Gabriel Sater ainda tinha dúvidas sobre o futuro, se seguiria a vida de cantor ou optaria por uma “carreira tradicional”. Nesta época, ele partiu para um intercâmbio cultural no exterior e foi morar em uma pequena cidade dos Estados Unidos.

O local era isolado e frio, e o ator revelou que se sentiu sozinho, por isso passou parte de seu tempo em reflexão. Gabriel compartilhou com o DCI que a experiência foi essencial para seu desenvolvimento musical e a escolha dos próximos passos. “Não tinha muito o que fazer [na cidade], a não ser estudar e estudar. Aproveitava o tempo para tocar muito violão, muito mais do que já havia tocado em minha vida. Acabei também descobrindo e conhecendo muito sobre música nessa temporada nos EUA. Foi lá que eu conheci o trio de violões composto por Paco de Lucio, John McLaughlin e Al di Meola e seu icônico disco Friday Night in San Francisco, que definitivamente mudaram a minha vida”, comentou.

Sater também completou: “naquele momento começou a crescer dentro de mim, uma vontade imensurável de enveredar por um caminho musical profissional. Quando voltei do intercâmbio cheguei a fazer cursinho, pressionado por uma carreira mais ‘convencional’, mas nenhuma das opções era a escolha do meu coração. Esse tempo fora do Brasil, dedicado a estudos, música e muita reflexão, me mostrou o meu caminho”.

Depois, Gabriel Sater passou a investir na carreira musical e se apresentou pela primeira vez sozinho no Festival Universitário da Canção de Campo Grande, em 2000, em que consquitou o terceiro lugar. Ao relembrar a ocasião, o cantor contou que foi um momento muito importante do início da carreira.

“Naquela primeira participação eu ainda estava conhecendo o festival, então fiz um arranjo meio que em cima da hora para participar e acabei ganhando o 3° lugar. Essa premiação me deu forças para me preparar de uma forma muito mais dedicada para outras edições do festival. E deu muito certo, pois eu meus parceiros musicais, arrebatamos vários prêmios na edição seguinte. Entendi que festivais são plataformas que nos ajudam a crescer como artista”, disse, que completou com um conselho para a próxima geração de músicos: “as premiações que recebi naquela época, também serviram como reinvestimento nos próximos trabalhos musicais. É uma roda que gira impulsionando as carreiras artísticas. Aconselho participar”.

Projetos

Em 2015, Gabriel Sater participou de um projeto com a cara do Brasil no mundo do teatro musical. O ator esteve na peça “Nuvem de Lágrimas”, que homenageava a cultura sertaneja com canções que foram consagradas nas vozes Chitãozinho & Xororó. A trama misturava as canções com romance, se passava no interior do Brasil e tinha inspirações na história de amor criada por Jane Austen no século XIX, Orgulho e Preconceito. Gabriel interpretou o charmoso Darcy, protagonista.

Sobre o assunto, Gabriel Sater comentou ao DCI que não tem planos de voltar ao teatro, por conta do tempo que demanda trabalhar em um projeto nos palcos, mas que a experiência foi única.

“Eu amei fazer teatro musical, ainda mais num projeto tão brasileiro, tão sertanejo, que tinha um coletivo criativo impecável e uma equipe requintada de atores super experientes. Estávamos super focados, super dedicados aos personagens e a carga horária de ensaios era muito pesada. Foram vários meses de dedicação, que no final foram muitos recompensadores, pois o resultado final foi maravilhoso. Eu adoraria fazer teatro novamente, mas sei que é difícil conciliar com os vários outros projeto musicais que já tenho engatilhados”, explicou. “Um projeto dessa proporção, demanda muito tempo e dedicação praticamente integral. Então teria que ser muito bem pensado e planejado, para não descontinuar a minha produção musical. Mesmo assim, foi muito gratificante”, completou.

Durante o papo, Gabriel frisou que não tem projeto favorito na carreira, que todos foram especiais e são guardados com carinho em seu coração. O ator disse que cada personagem, lançamento, show ou projeto marca o artista de um jeito único: “é isso que eu quero fazer durante toda a minha carreira, ter experiências inesquecíveis que me transformam como artista e das quais eu saio sempre de uma maneira muito maior, mais enriquecido como ser humano”.

Nuvem de lágrimas
Ator contracenou com lucy alves em nuvem de lágrimas – foto: reprodução/ingresso rápido/divulgação

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