Dominique Nos Tempos do Imperador: como era a relação com a mãe
Personagem já foi interpretado por Thor Becker.

Interpretado pelo ator Guilherme Cabral, Horace Dominique em Nos Tempos do Imperador aparecerá já adolescente para movimentar a vida da Condessa de Barral. A dupla viverá um drama familiar no folhetim das 6 e na vida real não foi muito diferente, mãe e filho também tiveram problemas.
Relacionamento de da Condessa de Barral e filho na vida real
Diferente do que acontece na novela, em que Eugênio vai para a Europa e leva o filho, é descrito pela historiadora e professora Mary Del Priore na biografia ‘Condessa de Barral: A paixão do Imperador’ que Luísa permaneceu no Brasil, ao lado do marido, até o casamento das princesas. O diplomata chegou a viajar para a França e depois retornou, mas o menino continuou no Brasil durante essas idas do pai ao exterior. Sendo assim, a mulher também fez parte da criação de Dominique.
O casal voltou para a Europa em 1865, poucos anos depois, em 1868, ela ficou viúva. Por causa das cartas trocadas entre a Condessa e Dom Pedro II, encontradas ao longo dos anos, foi revelado que o imperador queria que a mulher retornasse ao Brasil com o filho e o colocasse no Colégio D. Pedro II, já que ele havia nascido em Salvador, Bahia, e era brasileiro.
Porém, Luísa acreditava que seria bom para Dominique de Nos Tempos do Imperador que sua educação acontecesse na Europa e foi isso que ela fez. A autora descreve que após a morte do marido, a Condessa passou a se dedicar inteiramente ao filho, quase de maneira obsessiva. Ela o acompanhava em todas as aulas, o “arrastava” para aulas de esgrima, química, piano, catecismo e passava horas de estudo com o menino. “Luísa não o poupava”, escreveu
Mary Del Priore na biografia.
Quando Dominique de Nos Tempos do Imperador já era mais velho, a atitude do rapaz mudou, Mary Del Priore diz que isso aconteceu depois dos vários rumores sobre o caso de Dom Pedro II e Condessa de Barral circularem: “sabendo que o Imperador vinha à Europa, ele quis impedir a mãe de acompanhá-lo. As discussões se tornaram frequentes. O convite, uma honra para ela, era vergonha para ele”.
Nas cartas que mandava para o imperador, a Condessa contou que chegou a ser apelidada pelo filho, que a comparou com a amante do rei Luís XIV. Apesar de pedir por discrição e tentar evitar encontros públicos com Dom Pedro II, o caso continuou.
A autora também falou na obra sobre uma viagem que Dom Pedro II fez para visitar Luísa, que foi um pesadelo para todos os lados. Dominique ficava infeliz com a presença do casal e o imperador disputava atenção com o filho da mulher. “Se ela saía com o filho ou com outra pessoa, o imperador reagia”, contou.
Em 1875, ela retornou ao Brasil para acompanhar Dominique, que havia ingressado a diplomacia e partiu para o Rio de Janeiro em sua primeira missão no cargo. A dupla permaneceu cerca de dois no país e depois retornou a Paris, para que Dominique de Nos Tempos do Imperador terminasse o curso de Direito.
Em 1882, ele se casou com Maria Francisca, filha mais nova do visconde de Paranaguá, e deu dois netos para a Condessa, Jean Dominique e Maria Margarida.

Dominique em Nos Tempos do Imperador
No folhetim, o garoto apareceu na primeira fase da novela, ainda pequeno. Pouco depois, Eugênio (Thierry Trémouroux), marido da Condessa, resolveu voltar para a França e levou o filho. A mãe de Dominique ficou no Brasil para educar as princesas Isabel (Giulia Gayoso) e Leolpoldina (Bruna Griphao) e ajudou as moças a escolherem seus pretendentes.
Quando as princesas estavam perto do casamento, a personagem de Mariana Ximenes expressou sua vontade de voltar para a Europa para rever o filho. A mulher teve uma conversa franca com o imperador sobre a saudade que sentia de Dominique e sobre tudo o que abriu mão em Nos Tempos do Imperador para permanecer no Brasil ao lado de Dom Pedro II.
Em entrevista para a Contigo! no fim do mês de outubro, o ator Guilherme Cabral contou que em Nos Tempos do Imperador Dominique terá problemas de convivência com a mãe e se mostrará revoltado pela atitude da Condessa de tê-lo deixado para criar as filhas de Teresa Cristina e Dom Pedro II. O garoto vai se aproximar da imperatriz, rival de sua mãe, por dividir algumas paixões em comum com Teresa Cristina, como a arqueologia.

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