Cidade Canta Pedra existe? Onde foi gravada a novela Mar do Sertão
Folhetim estreia no dia 22 de agosto e tem trama ambientada em cidade do sertão brasileiro.
Depois de Pantanal, Mar do Sertão será mais uma novela que levará o público para uma região longe do eixo Rio-São Paulo, constantemente abordado nas telinhas. A faixa das 18h vai apresentar uma história na cidade de Canta Pedra, localizada no nordeste brasileiro. A trama cheia de cultura e elementos regionais será em uma cidade de verdade?
Em coletiva de imprensa, no dia 11 de agosto, o autor Mário Teixeira e o diretor artístico Allan Fiterman explicaram se Canta Pedra existe e como foi a construção do universo do folhetim.
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De Mar do Sertão, a cidade Canta Pedra existe de verdade?
Canta Pedra existe no universo da novela Mar do Sertão, mas não na vida real. A cidade é fictícia e foi criada especialmente para a trama do folhetim de Mário Teixeira. O lugar é uma junção de vários espaços que serviram de locação para a novela nos estados de Alagoas e Pernambuco, como o Vale do Catimbau (PE) e Piranhas (AL).
O diretor Allan Fiterman explicou que a viagem da produção para as gravações externas duraram apenas 2 semanas. Depois, o elenco migrou para os estúdios da TV Globo, no Rio de Janeiro, em que foi replicado alguns cenários e também serviu para as cenas em ambientes fechados.
Allan disse que tentou ser criativo e buscou trazer a cultura nordestina “de forma linda” e também com uma aura fantasiosa. Além disso, foi revelado que em Canta Pedra existe elementos de várias regiões do nordeste, por isso, o público vai conferir uma geografia que foi inventada pela produção da novela. Além da caatinga, o público verá outras vegetações e características misturadas pela cidade que é pano de fundo da história.
Regionalismo
Natural de São Paulo, Mário Teixeira contou que sempre quis contar uma história como a de Mar do Sertão. Pois, mesmo nascendo no sudeste, passou grande parte de sua vida no nordeste, devido a origem dos pais. Filho de uma mulher de Roraima e um cearense, Mário passou grande parte de sua infância e adolescência no Ceará.
Apesar de mostrar um lugar que não é necessariamente de conhecimento do grande público – assim como acontece atualmente na Globo com Pantanal na faixa das 21h – Mário acredita que a história do folhetim não é particular da região e trará identificação ao público. “É regional, mas também universal. Os personagens são tipos humanos que se repetem na sociedade”, explicou.
O autor também disse que espera que a novela seja um “sopro de vida” para o público, devido aos momentos difíceis que acometeram o país e o mundo nos últimos anos. “Ainda nem saímos da pandemia [do covid-19] e estamos às vésperas de uma eleição que promete ser conturbada. Espero que Mar do Sertão seja um brilho de esperança no horizonte para as pessoas”, comentou.
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Locações no nordeste foram importantes para atores
Não apenas pelas belas imagens que o público de casa verá nas telinhas, a viagem que a produção fez de duas semanas para Alagoas e Pernambuco foram essenciais para que os atores pudessem criar um laço com a região, além de comporem seus personagens.
Isadora Cruz, paraibana que vive a mocinha Candoca, disse que a viagem foi essencial para que o elenco e a equipe criassem laços e o entrosamento fosse maior. A atriz contou que os atores e produção passaram perrengues juntos, pois algumas locações eram de difíceis acesso. Porém, sempre que tudo saía como o planejado, as comemorações também eram lado a lado.
A atriz também elogiou os ambientes que foram usados nas filmagens, como o município de Piranhas, que descreveu como “inacreditável” e “coisa de filme”, e disse que paisagens como essa – além de outras abordadas na novela, como o Rio São Francisco e as pedras do Vale do Catimbau – vão trazer um “borogodó” para a novela.
Também nordestino, natural de Pernambuco, Renato Goés será Tertulinho, vilão que atrapalha o romance de Candoca e Zé Paulino (Sérgio Guizé). Durante o papo com a imprensa, o ator disse que apesar da viagem ter sido rápida, foi essencial que as filmagens externas acontecessem antes da partida para os estúdios. “Como ator, é importante entender como é pisar por lá. Tem pedra? Não tem? Como é o calor? Tudo para depois você poder reproduzir no estúdio”, explicou.
Sérgio Guizé também comentou a importância de conhecer a região antes de ter que replicar tudo nas gravações em ambientes fechados. Natural de São Paulo, o ator comentou que não estava acostumada ao clima semiárido e que com a viagem ele pôde vivenciar os elementos da região. Além é claro, de conhecer melhor os colegas de elenco. “A gente não se conhecia e foi muito especial”, afirmou.
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