100 anos da morte de princesa Isabel: a vida da filha de Dom Pedro II
Princesa nunca chegou ao cargo de imperatriz, mas ficou a frente do país em algumas ocasiões.
No dia 14 de novembro de 2021, próximo domingo, a morte de princesa Isabel estará completando 100 anos. A filha de Dom Pedro II faleceu aos 75 anos de idade enquanto vivia no exílio e anos depois teve seus restos mortais enviados ao Brasil.
Onde nasceu e morte da princesa Isabel
A herdeira do trono brasileiro nasceu no dia 29 de julho de 1846, no Palácio de São Cristóvão, localizado no Rio de Janeiro. O palácio foi palco de muitos nascimentos da família imperial brasileira, como os outros três filhos de Dom Pedro II, Leopoldina de Bragança, Pedro Afonso de Bragança, Afonso Pedro de Bragança, e o próprio imperador, que diferente dos pais, nasceu no continente americano.
A nobre viveu no Brasil durante 43 anos, quando a proclamação da república aconteceu em 1889, ela e os demais membros da família imperial foram expulsos do país, princesa Isabel passou então a morar na Europa. Sua morte aconteceu durante o banimento, em 1921, enquanto ela vivia na França.
Ela tinha 75 anos de idade na época em que faleceu e já estava com a saúde debilitada há algum tempo. A morte de dois de seus filhos piorou o estado da princesa. Os restos mortais dela permaneceram na Europa até 1971, quando foi realizado um translado do corpo de Isabel e do marido para o Brasil. Eles só puderam ter os restos mortais sepultados no Brasil porque em 1920, o presidente Epitácio Pessoa revogou o banimento da família imperial.
Casamento da filha de Dom Pedro II
A princesa Isabel se casou com Gastão de Orleans, o Conde d’Eu, no dia 15 de outubro de 1864 e permaneceu ao lado dele até o dia de sua morte. O casal teve um relacionamento que durou mais de 50 anos.
Incialmente eles não se casariam e a princesa seria o par de Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, príncipe alemão. Mas quando Leopoldina e Isabel conheceram os nobres, foi decidido uma troca entre os casais. “Nossos corações decidiram”, contou a princesa em registros que hoje estão no Arquivo do Senado, em Brasília.
Na novela Nos Tempos do Imperador, os personagens são interpretados por Giulia Gayoso, Daniel Torres e Gil Coelho e ambos eram pretendentes de Isabel, ela precisou se decidir:
Filhos
A mulher teve muita dificuldade para ter filhos no começo do casamento, os primeiros 10 anos de união se passaram sem que nenhuma criança nascesse. Quando completaram uma década juntos, Isabel e Gastão desfrutaram de uma primeira gravidez, no entanto, a felicidade do casal não foi longa. A criança, uma menina, já nasceu morta.
Porém, cerca de um ano depois, a princesa Isabel gerou outro bebê e desta vez nasceu um menino saudável, que ganhou o nome de Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança. Ele veio ao mundo no aniversário de casamento de Isabel de Gastão, 15 de outubro de 1875, e morreu em 29 de janeiro de 1940.
Em janeiro de 1878 nasceu o segundo filho do casal, Luís de Orléans e Bragança. O falecimento dele aconteceu pouco antes da morte da princesa Isabel, em março de 1920. O terceiro filho do casal foi Antônio Gastão de Orléans e Bragança, que nasceu em agosto de 1881 e também morreu antes da mãe, em novembro de 1918.
Uma mulher no meio de governantes homens
Princesa Isabel não tinha a confiança de muitos, ela foi julgada por ser mulher e segundo o historiador Antunes de Cerqueira à Agência Senado, havia muita preocupação por parte dos parlamentares sobre o marido de Isabel. “Por ela ser mulher, os senadores e deputados, que eram absolutamente machistas, achavam que o marido é que iria mandar”, comentou.
Apesar disso, ela foi a primeira senadora mulher do país. Em 1871, ela foi nomeadora senadora aos 25 anos de idade. Apesar de nunca ter assumido o cargo de imperatriz, ela foi regente do país durante três momentos em que Dom Pedro II deixou o país, em 1871, de 1876 e 1877 e entre 1887 e 1888.
Momento mais recordado de sua história
A princesa Isabel é sempre lembrada nas aulas de história pelo momento que marcou a terceira vez que ela foi chefe de estado. Nesta ocasião, em 1888, ela assinou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão do país. O Brasil foi o último país das Américas a determinar o fim da escravidão. O momento foi tardio no país e resultado de muita pressão política, econômica e social.
Alguns anos antes, em 1871, quando ela foi regente enquanto Dom Pedro II estava no exterior, ao lado de José Maria da Silva Paranhos e Visconde do Rio Branco, a princesa Isabel sancionou a Lei do Ventre Livre, que determinava que crianças nascidas de escravas eram pessoas livres.
Para visitar o túmulo no dia da morte da princesa Isabel
Já que a morte da princesa Isabel vai completar 100 anos em um domingo, dia em que muita gente não trabalha e busca por um programinha fora de casa, que tal visitar o local em que a nobre está enterrada? O túmulo de Isabel, Gastão, Dom Pedro II e Teresa Cristina fica em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
As sepulturas estão na Catedral de São Pedro de Alcântara e é aberto ao público. Para visitar não é necessário ter ingressos, segundo o site oficial da prefeitura da cidade.
A Catedral fica na Rua São Pedro de Alcântara 60, no CEP 25685-300. Os horários de funcionamento: terça a sábado 09h às 17h, domingos de 13h às 17h.
Leia também – Nos Tempos do Imperador: Dom Pedro II morreu com quantos anos?
Bom dia, desculpas mas ouve um erro na postagem da Princesa Isabel.
Ela completou 175 anos e não 100 anos como vcs publicaram.
100 de morte.
Ela morreu com 75 anos em 1821.