Modelo é presa no Egito por fazer fotos em pirâmides
Traje sensual e falta de autorização foram apontados como problemas.
Uma sessão se fotos virou motivo para uma modelo ser presa no Egito. Com vestido curto e justo, Salma Elshimy posou em frente à pirâmide Djoser, a mais antiga do país. O traje foi considerado “inadequado”, e como a moça não tinha autorização exigida para ensaios em sítios arqueológicos, ela acabou na prisão.
Como a modelo foi presa no Egito?
A egípcia Salma Elshimy publicou as imagens consideradas polêmicas em seu Instagram, que tem 156 mil seguidores. A prisão ocorreu após a sessão de fotos, realizada em Saqqara, um sítio arqueológico da cidade de Gizé. Ela e o fotógrafo foram detidos pela Polícia Turística, no dia 30 de novembro.
Foram apontados dois problemas com o trabalho realizado em frente à pirâmide de Djoser. As autoridades do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito informaram que a dupla não tinha autorização para realizar o “shooting” e a modelo ainda estava com trajes considerados “inadequados”: vestido branco tomara que caia, justo e curto, incrementado com acessórios inspirados em vestimentas faraônicas.
O fotógrafo Hossam Muhammed deu entrevista à emissora de TV americana CBS e contou que tinham feito um acordo com a equipe do sítio arqueológico, permitindo que as fotos fossem realizadas em até 15 minutos. Mas a legislação exige uma licença do Ministério do Turismo e Antiguidades para cliques ou vídeos com fins comerciais.
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A direção do local revelou à CBS que quatro de seus funcionários e dois integrantes do ministério vão prestar depoimentos sobre o caso. Portanto, a investigação continua.
Tanto a modelo quanto o fotógrafo foram liberados, sob fiança de 1 mil libras egípcias, valor que corresponde a cerca de R$ 330. De acordo com o jornal O Globo, Salma ainda enfrenta um processo movido por um advogado egípcio que a acusa de “distorcer a civilização e insultar a grande história faraônica” e um membro do parlamento pediu a imposição de “punições mais severas” a ela.
Salma não é a primeira modelo presa no Egito. De acordo com o jornal “The New York Times”, desde abril, foram nove mulheres populares no Tik Tok, sob a acusação de “violação dos valores familiares”.