Lily Safra, a brasileira que é amiga do Príncipe Charles e Elton John
A socialite casou-se com o banqueiro Edmond Safra em 1979, contudo destoava do tom sério e conservador da família.
Viúva de Edmond Safra, Lily destoava do tom sério e conversador da família de banqueiros. Depois que seu antigo marido faleceu, em 1999, a socialite não teve mais contato com o clã de judeus. Além disso, Lily conquistou amizades no mundo das celebridades, como Elton John e se tornou uma grande filantropa, que auxilia causas sociais. Atualmente reside e é cidadã de Mônaco.
Quem é Lily Safra?
Lily nasceu no Rio Grande do Sul em 1984, tinha família que não esbanjava, mas que deu uma educação de qualidade para ela. Lily aprendeu a falar inglês e francês e foi educada para conseguir um bom casamento, o que ela conseguiu fazer ao longo do tempo.
Seu primeiro casamento foi aos 17 anos, com Mario Cohen, um milionário argentino fabricante de meias de náilon. O casal morou no Brasil, na Argentina e no Uruguai e teve três filhos: Adriana, Eduardo e Claudio (1953-1989). Claudio morreu em um acidente de carro, com seu filho, Raphael Cohen.
Anos mais tarde Lily conheceu Alfredo (Freddy) Monteverde, dono da rede de eletrodomésticos Ponto Frio, e ambos se apaixonaram. Quando a gaúcha se mudou para o Rio para viver com Freddy, seu casamento com Cohen chegou ao fim.
Lily e Freddy casaram-se em 1965 e tiveram um casal de filhos. Em 1969, Monteverde foi encontrado morto em casa, com dois tiro no tórax. Da investigação, a polícia concluiu que ele cometera suicídio, como resultado de uma crise depressiva. Deste casamento, herdou uma fortuna estimada no fim dos anos 1960 em mais de US$ 200 milhões (R$ 1,01 bilhão).
Quatro anos depois, ela se casou com Samuel Bendahan, com quem teve uma relação conturbada e seu casamento foi anulado.
Casamento com de Lily com Edmond Safra
Em 1976, casou-se com um dos herdeiros do banco Safra, Edmond. O banqueiro procurava alguém que estivesse interessado apenas em seu dinheiro. Como Lily havia juntado uma fortuna, essa não foi uma preocupação.
Lily não era muito bem aceita na família, pois apesar de ser judia, mas tinha ascendência asquenaze, mais progressiva, enquanto os Safras são de origem sefardita, mais tradicional. Além disso, a socialite não era reservada e discreta como os outros membros da família o que causava um desagrado também.
O casal não teve filhos. Em 1999, Edmond foi vitima de um incêndio criminoso e morreu, Lily estava no local, mas sobreviveu. Depois disso, os cunhados e Lily cortaram contato completamente. Ademais, as antigas cunhadas de Lily, Chella e Vicky Safra mantém uma boa relação entre si, mas sem contato com a viúva de Edmond.
Amizades famosas
A socialite mantem muitas amizades com celebridades mundo a fora. Um de seus amigos de longa data é o príncipe Charles, inclusive, Lily foi a única brasileira convidada para o casamento entre Kate Midleton e William.
Por conta de seu auxilio nas causas sociais, ela se aproximou de de celebridades como Elton John, hoje um grande amigo, e Michael J. Fox, que também luta contra o Parkinson.
Filantropia
Lily dedica boa parte de sua fortuna a doações. A socialite não fica muito no Brasil, mas ela mantem um instituto de pesquisa em Natal e o tratamento de esgoto de uma pequena cidade no interior da Bahia, além de outras ONGs. O Instituto Edmond e Lily Safra, dirigido pelo Professor Miguel Nicolelis e que também tem o apoio da Fundação Filantrópica Edmond J. Safra tornou-se um importante centro de pesquisa sobre o cérebro: o seu trabalho foi capa da prestigiosa revista Science, em maio de 2009. Lily é também a maior contribuinte individual da ONG Prince’s Trust, criada pelo príncipe Charles.
No ano de 2012, ela colocou 70 peças da sua coleção de diamantes, rubis e safiras em um leilão na Christie’s de Genebra.
O lucro do leilão, de quase 38 milhões de dólares (cerca de 75,6 milhões de reais) beneficiou 20 instituições, de Ruanda até a fundação de Elton John, passando por hospitais e ONGS, inclusive brasileiras.
Em 2019, doou cerca de 88 milhões de reais para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame de Paris, após incêndio na igreja.