Causa da morte de Glória Maria é revelada

Jornalista lutava há anos contra o câncer

Glória Maria morreu nesta quinta-feira, 2, após anos de batalha contra o câncer. A jornalista estava em uma nova fase do tratamento, que deixou de fazer efeito nos últimos dias. A comunicadora deixa duas filhas, Laura e Maria, e um enorme legado na história do jornalismo brasileiro.

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Glória Maria morreu do quê?

A jornalista morreu em decorrência de metástases cerebrais originadas de um câncer de pulmão, descoberto em 2019. A informação é que ela tratou o câncer de pulmão com uma bem-sucedida imunoterapia. Na época, ela também havia sido diagnosticada com metástases cerebrais e teve que passar por uma cirurgia, inicialmente com êxito.

No ano passado, Glória iniciou novamente o tratamento para combater novas metástases cerebrais, que deixaram de fazer efeito nos últimos dias.

“Em meados do ano passado [2022], Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”, disse a emissora em comunicado à imprensa.

Após a divulgação da notícia da morte de Glória, Pedro Bial contou em entrevista ao Encontro desta manhã que mandou uma mensagem para a amiga de longa data após sonhar com ela em 30 de dezembro. O apresentador revelou que a jornalista disse “estar vivendo um inferno há meses” e que não quis receber sua visita. “Ela estava em casa, não queria ser vista, estava muito frágil. Acho que a natureza da vaidade da Gloria era se mostrar sempre forte”, concluiu.

Glória Maria morreu aos 73 anos no Hospital Copa Star, onde estava internada. Ela deixou duas filhas, Maria e Laura, adotadas por ela em 2009. A jornalista ficou marcada por visitar mais de 160 países durante suas reportagens especiais, que muitas vezes viralizaram na web.

Quem foi a primeira repórter negra do Brasil?

Glória Maria foi a primeira repórter negra a ter destaque na televisão brasileira. Além disso, foi a primeira mulher a entrar ao vivo na TV em cores em 1977, no Jornal Nacional.

Sua estreia como repórter na Rede Globo foi em 1971, na cobertura o desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Naquela época, os repórteres ainda não apareciam nas matérias. Foi apenas em 1974, durante a cobertura da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, que o rosto da comunicadora apareceu pela primeira vez.

Ela também foi a primeira mulher negra a apresentar o Fantástico, entre 1998 e 2007, ao lado de Pedro Bial. Os dois se tornaram grandes amigos e até haviam boatos de que os dois tiveram um relacionamento, o que não é verdade – o jornalista afirmou que a relação dos dois era de grande amizade e cumplicidade.

Glória também passou pelo RJTV, Jornal Hoje, Jornal Nacional e Globo Repórter. A jornalista já estava afastada da televisão – ela ficou longe das telinhas dois anos durante a pandemia de Covid-19. Sua última aparição foi no programa Encontro, em março de 2022, ainda com Fátima Bernardes.

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