Cantora Gal Costa morre aos 77 anos

Considerada uma das maiores vozes da MPB, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos nesta quarta-feira, 9 de novembro, em sua casa em São Paulo.

O velório, aberto ao público, será realizado na Assembleia Legislativa, também na capital paulista, na sexta-feira, dia 11 de novembro, das 9h às 15h. O enterro será fechado apenas para amigos próximos e familiares.

Gal estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, que trazia um repertório repleto de sucessos.

A cantora nasceu em 26 de setembro de 1945 na Barra, um dos bairros mais tradicionais de Salvador.

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Carreira de Gal Costa

Não foi por acaso que a cantora e compositora brasileira Gal Costa nasceu para encantar o público ao redor do mundo. Sua mãe tocava música clássica durante a gravidez na esperança de que sua filha compartilhasse seu amor pela música. O espírito musical de Costa transcendia a mera apreciação; compôs, cantou e serviu de musa para figuras transformadoras da música popular brasileira, incluindo Tom Zé, Caetano Veloso e Antonio Carlos Jobim.

Ela entrou no mercado da música em meados dos anos 60, logo após um golpe militar derrubar a política brasileira. O ato estimulou uma mentalidade revolucionária entre os jovens. As comunidades artísticas do país começaram a se unir em torno do movimento musical e artístico conhecido como Tropicália. Foi nesta paisagem cultural que Costa encontraria a sua voz.

A tonalidade dos vocais de Gal é distinta e perfeita, mas o que a diferencia são suas performances. Sua presença de palco era tão feroz quanto sedutora sem esforço.

Costa estreou sua carreira profissional na noite de 22 de agosto de 1964 no concerto Nós, por exemplo, onde atuou ao lado de Veloso, Gil, Maria Bethânia e Tom Zé, entre outros. O show inaugurou o Teatro Vila Velha em sua cidade natal. No mesmo ano, também se apresentou em Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, no mesmo local e com os mesmos parceiros de canto. Saiu então de Salvador para morar na casa da prima Nívea no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Bethânia, cujo show, Opinião, havia se tornado um grande sucesso na cidade.

A primeira gravação profissional de Gal Costa aconteceu no disco de estreia de Bethânia, lançado em 1965. Era o dueto “Sol Negro”, escrito pelo irmão de Bethânia, Caetano Veloso. Em seguida, lançou seus primeiros singles pela RCA Records, “Eu vim da Bahia”, de Gil, e “Sim, foi você”, de Veloso. No ano seguinte, Costa conheceu Gilberto pessoalmente e participou do 1º Festival Internacional de Música da TV Rio interpretando “Minha Senhora”, de Gil e Torquato Neto. Não conseguiu cativar o público do Festival.

O primeiro álbum de Costa, Domingo, foi lançado em 1967 pela Philips Records.

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