Por que a WEG tem feito sucesso na Bolsa de Valores?
Conheça a história da fabricante de motores elétricos que está presente em todos os continentes.
Ações da empresa registravam melhor desempenho do Ibovespa no ano até meados de outubro.
Nos últimos tempos, a fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3 na Bolsa de Valores) se tornou foco da mídia especializada por conta de seus bons resultados. Isso aconteceu especialmente durante a pandemia, quando os papéis subiam mais de 100% enquanto o Ibovespa caía 12%. Você conhece a empresa? Entenda a seguir o que a faz tão querida no mercado de investimentos.
Primeiramente, vamos à história da WEG, que foi fundada em 1961 em Jaraguá do Sul (SC). A empresa trouxe no nome as iniciais de seus sócios: Werner Vight, Eggon Silva e Geraldo Werninghaus. No início, era uma pequena fábrica de motores elétricos.
Hoje, a WEG pertence ao grupo das poucas empresas brasileiras que valem mais de R$ 100 bilhões. Os números são expressivos: tem produtos nos 5 continentes, registrou faturamento de R$ 13,3 bilhões em 2019, tem filiais em 36 países e produz mais de 16 milhões de motores anualmente.
Facilidade em diversificar impulsiona WEG
Da pequena fabricante de motores elétricos, a WEG passou a fornecer um portfólio de mais de 10 mil produtos. Deste modo, passa por áreas como geração, transmissão e distribuição de energia para toda cadeia produtiva; equipamentos eletrônicos e industriais e motores domésticos.
Além disso, a WEG demonstra grande capacidade de diversificação, sendo que em março deste ano, por exemplo, a empresa se estruturou rapidamente para fabricar respiradores artificiais para pacientes com Covid-19.
O investimento em inovação e em soluções próprias, por sua vez, também permite à WEG ganhar autonomia ao longo dos diferentes cenários. Em 2019, a empresa investiu R$ 339 milhões em Pesquisa & Desenvolvimento, contando com 1.017 colaboradores voltados apenas à inovação. Em junho deste ano, a empresa adquiriu a startup Mvisia que tem foco em inteligência artificial e visão computacional.
Presença em todos os cantos do mundo
A WEG passou a estar presente no mercado externo nos anos 70 só que forma eventual. Mas ao longo dos anos já tem produtos em todos os continentes, além cerca de 20 fábricas fora do Brasil.
Em estudo realizado pela Fundação Cabral a respeito da internalização das empresas brasileiras, a WEG está, juntamente com Vale e Stefanini, entre as que mais estiveram presentes em uma das três posições de liderança do ranking pelo número de países. O estudo acontece há 14 anos e 149 empresas já participaram. Atualmente, mais da metade da receita total da WEG vem do mercado externo, cerca de 55%.
Já as ações da empresa em 10 anos registram crescimento de mais de 900% e, além disso, apenas neste ano, a WEG contava com o melhor desempenho do Ibovespa: uma alta de 134,73% até o dia 15 de outubro.
A divulgação de resultados do 3º trimestre deve acontecer nesta quarta-feira, 21 de outubro, e o mercado aguarda resultados favoráveis. Até lá, a maior parte dos analistas se divide entre recomendações de compra ou neutra em relação aos papéis, considerados já valorizados por alguns
Finamente, para acompanhar a empresa e as análises de mercado, basta acessar a área de Relações com Investidores (RI) no próprio site da WEG.