Novo varejo aposta na integração off e on para atrair consumidor
Percepção é de que e-commerce não se desenvolverá se não estiver integrado aos pontos de venda físicos, que encantam o consumidor.
O novo varejo já percebeu que só o e-commerce não sobreviverá, ele precisa estar integrado aos pontos de venda físicos. Esta é a aposta da startup paranaense Neostore (myneostore.com), que começará a operar ainda neste primeiro semestre com dois clientes de peso: L’Oréal e O Boticário. “As vendas pela internet são só 3,3% do varejo restrito no Brasil. 97% do comércio ainda acontecem no mundo físico, é lá que acontece o encantamento do consumidor”, diz a empresária Fabíola Paes, uma das sócias na startup, uma plataforma digital mobile que promete integrar as mais variadas experiências de compras e facilitar a vida do consumidor.
Relacionamento com o consumidor
“Não importa o canal de venda, o importante é o relacionamento do consumidor com a marca, que decidirá se busca o produto na loja física mais conveniente ou receberá a mercadoria em casa”, diz Fabíola Paes, que também é coordenadora do Laboratório de Varejo e do MBA em Gestão do Varejo e Administração de Shopping Center da Universidade Positivo. Tudo com auxílio da geolocalização, que indicará pontos de venda com estoque disponível. A expectativa da Neostore é que 30% das vendas da filial brasileira da L’Oréal sejam feitas por meio do app ainda em 2017.
Geração digital
A plataforma quer ser para o consumidor de produtos o que os apps de transporte são para os usuários do serviço. A startup nasceu do encontro de três empreendedores da geração digital: Fabíola, diretora comercial; Carlos Balsalobre, desenvolvedor web; Daniel Koleski, designerresponsável pela jornada de experiência do cliente; e João Felipe, desenvolvedor mobile. A empresa nasceu quando Fabíola, professora de Carlos na Universidade Positivo, o convidou para uma maratona de programação da L’Oréal, onde a proposta foi vencedora e conseguiu seguir adiante.
Reciclar para conservar
A Tetra Pak iniciou a comercialização de pallets feitos a partir do plástico e alumínio reciclado de embalagens longa vida pós-consumo. A empresa quer agregar valor ao consumidor e aumentar ainda mais os níveis de reciclagem. Os novos pallets foram desenvolvidos em parceria com a Green Pallet, empresa responsável pela fabricação do material. “Uma das principais premissas da Tetra Pak tem sido o fomento à reciclagem das nossas embalagens, que fomenta a conservação ambiental”, diz Valéria Michel, diretora de Meio Ambiente da Tetra Pak.
Governança das empresas, do fornecedor e do consumidor
A governança corporativa tende a ficar bem mais complicada a partir desse ano, em decorrência da Lava Jato, prevê o advogado escocês Barry Wolfe, da consultoria Wolfe Associates. Uma tendência é a multiplicidade das compliances. “O próximo passo é a especialização de foco, que deve gerar categorias como ‘compliance humano’, focado em evitar trabalho desumano ou escravo; ‘compliance verde’, de cuidados ambientais, e por aí em diante”, diz. A governança deve englobar não só o processo interno das empresas, mas também o do fornecedor e do consumidor.
Liliana Lavoratti é editora de fechamento
liliana@dci.com.br